JOVEM EXECUTADA POR ASFIXIA
Amante e mandante do assassinato de Maiana deve depor e contar tudo à Polícia nesta segunda



O assassino e a vítima (no detalhe)



Paulo, o frio executor do crime, teria recebido R$ 5 mil para matar a menina

O empresário Rogério Silva Amorim, de 38 anos, preso como mandante do assassinato da adolescente Maiana Vilela Mariano, 16, com quem mantinha um relacionamento amoroso, disse que vai contar à polícia o que aconteceu.

Amorim, que na data de sua prisão, havia dito que se reservaria ao direito de ficar calado e prestar depoimento em juízo, chamou a delegada Anaide Barros, presidente do inquérito que investiga o caso, e falou que quer depor.

O depoimento dele está previsto para esta segunda-feira, mas não tem horário marcado. Ele, que já está preso na Penitenciária Central de Cuiabá, no Pascoal Ramos, terá de ter reconduzido à Delegacia de Homicídio (DHPP).

A expectativa da delegada é que Amorim não recue da decisão de depor e conte o que realmente aconteceu no assassinato de Maiana. Das oito pessoas presas sob acusação de participar ou saber algo sobre o crime, quatro já foram liberadas. O primeiro a recuperar a liberdade foi Fernando Modesto Vale, no final da tarde de sexta-feira.

Logo depois, na noite do mesmo dia, Valquíria Caldas de Oliveira, Jovanildo Batista, marido de Valquíria, e o filho do empresário, Eduardo Conceição Amorim, de 18, também saíram livre da cadeia. De acordo com Anaide Barros, esses quatro, pelo que se apurou até o momento, tinham conhecimento do assassinato, mas não tiveram participação.

Maiana, que havia desaparecido no dia 21 de dezembro do ano passado, foi morta por asfixia no mesmo dia em que saiu de casa para ir ao banco e nunca mais foi vista.

O pedreiro Paulo Ferreira Martins, amigo de Rogério, 40 anos, e Carlos Alexandre Nunes da Silva, 30, foram contratados por R$ 5 mil para matá-la. Além do mandante e dos executores, permanece presa a mulher de Rogério Amorim, Calisângela de Moraes, de 36.

Do corpo dela, enterrado em uma área alagadiça de difícil acesso na região da Ponte de Ferro, pouco restou além de ossos. Mesmo assim, a delegada disse que a perícia preliminar deu 80% de certeza de ser da adolescente. Além de o local ter sido apontado pelo assassino, houve comparação da arcada dentária.

O delegado titular da DHPP, Silas Tadeu Caldeira, disse que a intenção da polícia é fazer a reconstituição do crime. Talvez isso ocorra dentro de 10 dias.

A delegada Anaide Barros complementa que além de laudo pericial, a polícia científica fará exame de DNA nos restos mortais de Maiana.