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terça-feira, 24 de abril de 2012

"REI DO CALOTE" NO COMANDO PAIAGUÁS!!!
SILVAL BARBOSA DESMORALIZADO POR PREFEITOS QUE SE REUNIRAM NESTA TERÇA EM CUIABÁ PARA COBRAR "CALOTAÇO" DO GOVERNO PEMEDEBISTA

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Segundo o Executivo, a divida é de R$ 26 milhões, mas para os gestores o montante é superior a R$ 90 milhões, já com 6 meses de atraso nos repasses
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Prefeito de Planalto da Serra, revoltado, usou microfone aos gritos para afirmar que a população de Mato Grosso está sendo enganada: “Saúde que é bom, nada.Vamos armar uma barraca em frente a Sefaz e pressionar para regularizar o repasse!"


O presidente da AMM, Filemon Limoeiro, discursa ao lado dos deputados Wagner Ramos, Baiano Filho e José Riva, além do secretário de Saúde Vander Fernandes. A ausência de Silval Barbosa foi motivo de reclamações
Foto: Odilson Zardo


Os prefeitos de 54 municípios do Estado recusaram, por unanimidade, a proposta do Governo em parcelar o pagamento dos repasses atrasados da Saúde, em reunião na tarde desta terça (24) na Associação Mato-grossense dos Municípios. Em ataques acalorados com o secretário estadual de Saúde Vander Fernandes, os gestores reclamaram com veemência da ausência do governador Silval Barbosa (PMDB), que em época de eleição estava ao lado dos gestores e depois simplesmente sumiu, e do fato de não honrar compromissos, principalmente devido à Copa do Mundo. Outra insatisfação dos prefeitos foi relação a planilha apresentada pelo secretário com os valores dos débitos do Governo com os municípios. Segundo o Executivo, a divida é de R$ 26 milhões, mas para os gestores o montante é superior a R$ 90 milhões. Os atrasos referentes aos meses de janeiro e fevereiro deste ano seriam de R$ 5,6 milhões e R$ 7,7 milhões, respectivamente, sendo que os repasses dizem respeito aos programas de saúde básica.

De acordo com o presidente em exercício da AMM, prefeito de São Félix do Araguaia (1145 Km de Cuiabá) Filemon Limoeiro (PSD), os gestores municipais estão sendo desmoralizados, considerados inadimplentes e "com dívidas até na padaria". Ele ressaltou que o governador não estava presente na reunião desta terça pois já tinha compromisso pré-agendado. Garantiu, entretanto, que no próximo dia 10 ele não terá desculpa, será notificado antecipadamente e estará presente. “Queremos que ele venha e apresente uma proposta concreta, que pague o que tem que pagar e não queira parcelar uma dívida de 6 meses atrás para terminar de matar os municípios”. A intenção do Governo era pagar de forma alternada, um atrasado e um repasse atual. Irritados, vários gestores fizeram uso do microfone ou para atacar o governador, ou diretamente o secretário. O prefeito de Barra do Bugres, Wilson Francelino de Oliveira, o Wilson da Casa do Pescadô (PSD), esbravejou que Copa do Mundo não salva vidas, mas sim saúde de qualidade. Ele lembrou que apoiou Silval mesmo sendo do PDT, que, na época, apoiava o candidato do PSB Mauro Mendes e que o governador prometeu construir 100 Unidades de Pronto Atendimento, mas não está conseguindo atender sequer a saúde básica. “Os prefeitos estão tendo que demitir médicos por falta de repasse. Nas cidades a população joga pedra na janela da casa da gente até atendermos, o governador não enfrenta essa pressão”.


Participaram do encontro prefeitos de 54 municípios. Todos reclamaram do atraso nos repasses à Saúde
Foto: Odilson Zardo



Diante da pressão, o secretário-adjunto da pasta, Edson Paulino de Oliveira, resolveu se manifestar e garantiu que não há dinheiro em caixa, o que agrava a crise na saúde, sendo que as dificuldades já estão afetando a própria secretaria. Lamentou dizendo que na sede foi reduzido até mesmo o tamanho da xícara para cortar despesas. Nesta hora, causou a ira dos prefeitos. Dênio Peixoto Ribeiro (DEM), gestor de Planalto da Serra, por exemplo, disse aos gritos que a população está sendo enganada com o que classificou como balela da Copa. “Saúde que é bom, nada”, disparou. Segundo ele, o Movimento dos Sem Terra, que está acampado na Praça Ulisses Guimarães, foi recebido pelo governador, então sugeriu o mesmo aos prefeitos. “Vamos armar uma barra em frente a Sefaz e pressionar para regularizar o repasse. A Assembleia, o Tribunal de Justiça, estão com o repasse em dia, porque não colocam o da saúde?”, questionou, em meio aos aplausos dos presentes. (Com informações do RDNews)

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