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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ex-deputado estadual faz contas e ajuda a explicar "trambicão" no TCE-MT


Valter Albano, presidente do TCE














Temidos por governadores, deputados, prefeitos e vereadores, entre outros subordinados à "ficalização", conselheiros do TCE-MT tem nas prestações de contas anuais a "fase gorda" das colheitas necessárias para repor custos (e lucros!) da "cadeira", cada vez mais valorizada no Estado

Ex-deputado Pedro Lima

O ex-parlamentar Pedro Lima (deputado estadual na década de 80), polêmico mas correto nas suas decisões, escreveu um longo artigo no qual destrincha diferença entre o que se ganha como conselheiro do TCE-MT, em salários e o custo milionário de se ocupar hoje uma "cadeirinha" no mesmo poder. Como "lucrar" com tal milionário "empreendimento" é um mistério que só profunda investigação da PF e do MPF poderia elucidar. Sugere ainda a extinção dos TCEs nos Estados. Cacetão destacou trechos do artigo:


"Qualquer garoto do grupo escolar sabe que, nos últimos tempos, as vagas no Tribunal de Contas – com raríssimas exceções - são compradas a peso de ouro. Todavia, esse valor de 12 milhões é de assustar. Sinal dos tempos, fim de era, como diziam os antigos, de acordo com os quais, quando chegasse o fim do mundo, nós iríamos ver coisas que nem acreditaríamos. Esse valor, aplicado em imóveis, soja, bezerros etc., dá um retorno muito maior. Aplicado na Caixa Econômica Federal rende 150 mil reais mensais; para ganhar R$ 24 mil reais que é o salário de um conselheiro, é uma diferença mais de seis vezes maior.

Se o valor em questão, conforme noticiado, for verdadeiro, só há duas explicações plausíveis para o fato: ou quem oferece essa fortuna é tão patriota, que faz inveja à memória do Duque de Caxias, ou sabe do que a gente não sabe. Pode ser que ali – e, nesse caso para o maior minerador do Brasil, o bilionário Eike Batista, tenha passado batido e ele não requereu uma concessão uma concessão de garimpagem – exista uma mina de ouro ou outros metais nobres.

O fato, é que, mais dia menos dia, o povo vai ter que ir para as portas dos quartéis pedir, mais uma vez, socorro para os militares, e eu já tenho o meu pedido, a minha sugestão engatilhada para o general de plantão, visando acabar com essa farra do boi: os tribunais de contas passarem a ser vinculados ao Ministério Público e compostos por procuradores e promotores com mandato de 2 anos renovável somente uma vez".

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