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quarta-feira, 3 de junho de 2020

REVOLTADO, PREFEITO CUIABANO APONTA GOVERNADOR MAURO COMO "PROFESSOR DE DEUS, O ILUMINADO"

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) negou nesta terça-feira (2) que trabalhadores da saúde municipal estejam com salários atrasados em qualquer das unidades sob controle da Prefeitura de Cuiabá porque nenhuma delas recebeu notificação e a denúncia sobre 90 dias de atraso teria vindo somente de um escrito apócrifo. E uma vez mais retrucou as críticas do governador Mauro Mendes (DEM) sobre medidas antiCovid-19, chamando-o de professor de Deus. “Eu queria saber também de onde saiu essa história, não recebemos nenhuma notificação, como determina a lei, e o salário da Prefeitura Municipal é sagrado, sai todo último dia útil do mês”, disse. O gestor do município considera que esses casos, se verdadeiros, podem estar referindo-se aos profissionais contratados por empresas para que prestem serviços para o HMC (Hospital Municipal de Cuiabá) em contratos firmados pela ECS (Empresa Cuiabana de Saúde). Logo, alguns médicos poderiam estar contratados pela empresa, numa relação que não tem a ver diretamente com a prefeitura. Porém nada disso chegou até os responsáveis por resolver o virtual atraso. “É uma situação patrão/funcionário que precisa ser detectada, porque tudo isso saiu de um documento apócrifo, mas ninguém se manifestou, ninguém procurou a ECS. O HMC, graças a Deus, continua funcionando normalmente, os pagamentos são feitos como são feitos de praxe, vejo como mais uma maldade, um jogo pra tentar desgastar a gestão”, disse. Perguntado quanto à flexibilização das regras duramente criticadas pelo governador, Emanuel foi irônico, classificando Mauro Mendes como titubeante e perdido no início. “Se eu fosse seguir a postura do governador, tinha perdido o controle naquele momento. Temos que nos pautar por especialistas. Eu me respaldei, e enfrentamos hoje a situação com controle porque assumimos as rédeas”, disse.

 Segundo o prefeito, o governador se sente pronto a ensinar somente agora, que medidas foram tomadas e ele ficou confortável na crítica sem ter feito nada, enquanto o município pautou-se pelas orientações do Ministério da Saúde, Organização Panamericana de Saúde e Organização Mundial de Saúde. “Pelo visto, o único que sabia a fórmula de combater o vírus é o professor de Deus Mauro Mendes, o iluminado, porque só ele sabia. Não sei por que não chamaram ele para dar aula sobre como cuidar o vírus no mundo”, disparou. E depois afirmou que Cuiabá carrega a saúde do Estado nas costas, pois a população não procura hospital estadual, “até porque não existe hospital estadual”. No entendimento de Emanuel, o governador foi motivado por ciúme ao dizer que houve um documento dizendo que seriam 145 UTIs e que depois a prefeitura mudou para 105, mesmo a prefeitura recebendo dinheiro do governo federal para 145. “Leitos para a UTI é prioridade e para as demais doenças também são prioridades, tenho toda uma rede de saúde para atender a população. É o estado quem não atende e nem faz nada e ainda quer atrapalhar. Se você sai para uma unidade básica de saúde é prefeitura, centro de saúde, posto, policlínica, UPA, Hospital São Benedito, HMC, o maior hospital do estado, e ainda fiz o Hospital Referência, no antigo pronto-socorro. Cuiabá carrega a saúde do estado literalmente nas costas”, continuou. Tudo isso enquanto o Estado fica com “essas mentiras, joguinho de palavras, tentando agredir, levar pânico à população”. Emanuel também disse que é tudo muito lamentável, porque ele pretendia queria estar ao lado do governador discutindo prioridades, ajuda mútua pra atender a população durante a pandemia.

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