Cuiabá tem a 4ª morte por dengue
Um morador do bairro Pedra 90, de 53 anos, é a quarta vítima de dengue hemorrágica em Cuiabá. A região, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é uma das que apresentam o maior índice larval do município e com mais casos, acumulando 58 confirmações. Na última semana, o susto da população, devido ao alto número de casos graves confirmados não só na Capital mas em todo o Estado, fez o movimento nos hospitais e unidades de saúde aumentar e a quantidade de notificações de dengue chegar a 585. A SMS informa que exames laboratoriais confirmaram 72 casos graves, sendo 41 de hemorrágica em 2009, com 4 mortes. Um menino de 2 anos, morador do bairro Alvorada, teve a suspeita de morte por dengue descartada.
O alto índice de doentes também fez o estoque de plaquetas zerar no Hemocentro. Só no final de semana, o Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) teve 205 notificações de dengue com complicação e hemorrágica. O diretor geral, Huark Douglas Correia, afirma que o aumento foi observado especialmente na pediatria. Para garantir o atendimento, foram feitos alguns improvisos. "Alguns leitos de cirurgia foram transformados em exclusivos para a dengue. Esta é a nossa prioridade". Para o atendimento específico de dengue a adultos, estão disponíveis 18 leitos e na pediatria são 10.
O diretor admite que o PSM não tinha estrutura para atender tal demanda, mas avalia que as alterações paliativas, assim como parceria com a rede conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS) no oferecimento de mais 30 leitos, vão ajudar. A orientação é para que ao sentir os primeiros sintomas, o cidadão procure as unidades básicas de saúde, evitando superlotação no PS. "Mas isso também não é de todo ruim. Porque apesar de atrapalhar um pouco o atendimento no PS, é importante como prevenção e muitos não têm como procurar outra unidade".
O diretor de Vigilância em Saúde e Ambiente do Município, Wagner Simplício, voltou a apelar para que a população esteja atenta para evitar água parada nas residências. No último sábado, uma equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou que a maior parte dos criadouros está nos quintais, além de piscinas e imóveis fechados. Simplício diz que a utilização do fumacê está descartada por enquanto e justifica que não existe "fórmula para combater o mosquito da dengue. Isso só vai ser feito com a mudança de hábito".