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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Propina de Silval bancou  campanha de Taques
R$ 12 milhões doados ocultamente através da JBS, mais R$ 20 milhões pedido em 4 reuniões que Taques teve com Silval, completam os 29 milhões que o tucano declarou ter gasto na campanha; com sobra



FONTE: JOSÉ MARCONDES MUVUCA (MUVUCA POPULAR)

Considerando os R$ 20 milhões que Pedro Taques pediu para Silval Barbosa na campanha eleitoral, e mais os R$ 12 milhões que recebeu de propina da JBS via Silval, as investigações poderão concluir claramente que toda a campanha de Taques ao governo (R$ 29 milhões, a mais cara do país) foi praticamente toda paga com dinheiro de propina de Silval. E ainda teve R$ 3 milhões de sobra.
Considerando os R$ 20 milhões que Pedro Taques pediu para Silval Barbosa na campanha eleitoral, e mais os R$ 12 milhões que recebeu de propina da JBS via Silval, as investigações poderão concluir claramente que toda a campanha de Taques ao governo (R$ 29 milhões, a mais cara do país) foi praticamente toda paga com dinheiro de propina de Silval. E ainda teve R$ 3 milhões de sobra.

O enredo

Após ser acusado de pedir 20 milhões das propinas roubadas por Silval Barbosa no estado, o governador Pedro Taques havia dito que nunca estiveram juntos. Agora, depois das evidencias aparecendo, ele confessou que se reuniram, porque seria natural um candidato ao governo rival de grupo político, se reunir com seu inimigo.

E não foi apenas um encontro, foram quatro. Mas o diabo mora nos detalhes, nenhum encontro foi institucional, com agenda e no Palácio, todos foram às escondidas, sendo dois na casa de Mauro Mendes de quem Silval é sócio, um outro numa chácara de Eraí Maggi e o quarto em local não revelado. Em todos os encontros há o pedido de Taques para lhe dar dinheiro pra campanha e para não dar nada para Lúdio Cabral, seu principal adversário.

A propina da JBS

O ex-governador Silval Barbosa expôs em sua delação que a ajuda financeira “oculta” na campanha eleitoral de Pedro Taques para governador do Estado, foi paga por meio de propina no valor de R$ 12 milhões pelo Grupo JBS S/A.

Na delação, Silval destacou que soube que em 2014, meses antes da eleição para governador, havia um crédito de R$ 12 milhões em face do Grupo JBS, de valores devidos de propina dos anos de 2013 e 2014, sendo que nesse período estavam na pré-campanha para gestor do Estado.

Ele explicou que combinou com o ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi e o ex-prefeito de Cuiabá (que na época era coordenador de campanha de Taques), que auxiliaria financeiramente na campanha do atual governador de maneira oculta, “tendo em vista que oficialmente estava apoiando Lúdio Cabral.

Foi assim que o então governador combinou com Mauro que assumiria o compromisso de doar o montante para a campanha de Taques.
Após alguns dias, de acordo com o delator, ocorreu uma alteração no coordenador financeiro da campanha de Taques, assumindo o empresário Alan Malouf no lugar de Mendes, “tendo o declarante combinado com Alan que honraria o compromisso assumido com Mauro Mendes”.

Doador antigo

Silval relatou que durante a campanha eleitoral, ele decidiu repassar as propinas recebidas pela JBS, para a campanha de Pedro, tendo ele e Nadaf se reunido com o proprietário da empresa, Wesley Batista, em São Paulo, quando disse que queria utilizar de R$ 4 milhões dos “retornos” para “ajudar” Taques.

Wesley então concordou e teria dito que já havia ajudado Taques para a campanha ao Senado com valores através de uma “off-shore”, contudo, antes de realizar o pagamento, Wesley queria conversar com Taques para que o esquema “ficasse bem armado”.

Batista também confessou que já havia doado para Taques na campanha ao senado via 'off-shore' R$4 milhões, ao menos... Essa modalidade Taques sempre negou. Há uma lacuna de informação nesse ponto que os irmãos Batista deverão explicar (contribuição ao senado e à governadoria), e concomitantemente o próprio Silval Barbosa que está disponível para explicar tudo à Justiça.

O encontro dos R$ 20 milhoes

Dos quatro encontros que ex-governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou ter tido com o então candidato Pedro Taques na eleição de 2014, um deles ocorreu na Chácara do megaprodutor Eraí Maggi (PP). Segundo Silval, o encontro ocorreu ao final da campanha eleitoral daquele ano. Estavam presentes, além de Eraí, Taques, o primo Paulo Taques que já foi preso, e Luiz Antonio Pagot.

O grupo agradeceu o fato do peemedebista não ter investido na campanha de Lúdio Cabral. Pagot disse que precisaria de uma ajuda financeira para fechar a campanha e que trataria dos detalhes com Silval. Encerrada a reunião, tendo Pedro Taques agradecido Silval pela ajuda, pediu para que cumprisse o pedido de Pagot. Silval concordou.

Os pedidos

A delação premiada do ex-governador Silval Barbosa relatou ao menos quatro encontros do peemedebista com o governador Pedro Taques durante a campanha eleitoral de 2014. Segundo ele, o núcleo duro da campanha de Taques teria pedido a ele R$ 20 milhões, sendo que em contrapartida, vencendo as eleições, o tucano não iria vasculhar as contas das gestões anteriores.

Segundo trechos da delação do ex-governador, o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), e o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB), foram os primeiros a procurá-lo e oferecer o acordo. Entretanto, Silval concordou em viabilizar os pedidos, desde que tivesse o aval de Taques, por isso o motivo de tantos encontros.

Um dos encontros ocorreu na casa de Mendes, em um condomínio situado no Jardim Itália. Estavam lá, Mendes, Blairo e Taques. Nessa reunião, Pedro Taques. Nessa reunião Silval disse que os R$ 20 milhões que Taques pediu para a campanha seria repassado para o coordenador Mauro Mendes.

Tesoureiro Alan Malouf

Passados mais alguns dias dessa reunião, Silval disse que foi procurado pelo então secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, que relatou ter sido procurado pelo empresário Alan Malouf. Segundo Nadaf, o empresário falou que assumiu a coordenação financeira de Taques, sendo que o valor arrecadado para contribuir na campanha deveria ser repassado para ele.

“O colaborador disse a Pedro Nadaf que o próprio Pedro Taques havia dito que os valores de contribuição para a campanha seriam feitos via Mauro Mendes, motivo pelo qual Nadaf passou o recado a Alan Malouf, sendo que esse agendou uma reunião em sua casa para Pedro Taques confirmar que ele era seu financeiro na campanha, fato que acabou ocorrendo”, disse.

Neste encontro na casa de Malouf, Taques agradeceu Silval por não investir na campanha de Lúdio.

“Na reunião ocorrida na casa de Alan Malouf, estavam presentes Silval Barbosa, Pedro Taques, Alan Malouf e Pedro Nadaf, tendo Pedro Taques expressamente confirmado que as ajudas da campanha (R$ 20 milhões) deveriam ser feitas através de Alan Malouf, pois ele era seu financeiro.

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