FORTALEZA (CEARÁ) - Usuário de drogas, ele não aceitava o fim do casamento e fez reféns a ex-esposa e o filho, a ex-sogra e um enteado Um caso de cárcere privado que durou cerca de duas horas e acabou em morte abalou os moradores do Parque Dois Irmãos, ontem à tarde. Um garçom, dependente químico, que não aceitava o fim do casamento, invadiu a casa onde a ex-companheira morava e a fez de refém. Ele aprisionou também o filho do casal, de 1 ano e 9 meses; um enteado de 6 anos, além da ex-sogra. Patrulhas do Ronda do Quarteirão, do Gate e do Cotam cercaram a casa onde as quatro pessoas eram mantidas em cárcere privado e negociaram a liberação delas. De acordo com Suelen Queiroz Soares de Sousa, 24, seu ex-companheiro, Joelson Evangelista da Silva, 25, chegou em sua casa por volta do meio-dia e rendeu a criança de 6 anos, que estava no portão. Ele teria encostado uma faca no pescoço do menino e invadido a residência dando ordens para que todas as portas fossem fechadas, ou todo mundo iria morrer.A Polícia Militar foi acionada e iniciou a negociação. O supervisor do Comando do Policiamento da Capital (CPC), major PM Ricardo Moura, passou a dialogar com o sequestrador e acionou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). O imóvel foi totalmente revirado pelo homem enfurecido.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar um princípio de incêndio que teria sido causado por um vazamento de gás provocado pelo garçom. Ele tentou asfixiar os quatro reféns "Não dava para entender o que ele queria. Pedia cocaína. Dizia que ia matar todo mundo e depois iria se matar", afirmou um cabo que comandava a patrulha RD-1058, do Ronda do Quarteirão. Dentro da casa, a tensão aumentava. Joelson Silva esquentou óleo de cozinha e derramou em Suelen, a agrediu com socos e queimou sua face com um cigarro. Enquanto isso, permanecia com o enteado dominado, ameaçando-o com uma faca. Segundo a mãe do menino, em dado momento Joelson apertou a faca contra o pescoço do garoto e disse que iria matá-lo. Ela contou que partiu para luta corporal, conseguiu tomar a arma e o esfaqueou. "Eu dei uma facada nele e depois não sei o que aconteceu. Gritei e disse que a Polícia invadisse a casa" disse a mulher transtornada com a violência do ex-companheiro. Ainda com a roupa de sangue e a mão esfaqueada, confessou que deu uma facada em Joelson e começou a gritar pedindo socorro à Polícia, que invadiu a casa
O major Ricardo Moura declarou que quando entrou na residência no local, junto com os policiais do Gate, já encontrou Joelson ensanguentado e caído ao solo. "Ele tinha uma lesão no pescoço e uma no peito, que podiam ser vistas sem exames mais aprofundados". O sequestrador foi levado pelos policiais do Ronda do Quarteirão para o ´Frotinha´ da Parangaba, mas não resistiu a gravidade dos ferimentos e acabou morto. As crianças e a ex-sogra dele não ficaram feridas. O major PM Ricardo Moura, do CPC, conduziu a negociação e evitou que o homem drogado matasse as crianças O major Ricardo Moura disse ainda, que durante o sequestro Joelson Evangelista afirmava que estaria com bananas de dinamite e um revólver. " Mas nada disso foi encontrado com ele. Achamos apenas algumas facas", afirmou o oficial. Sofrida Suelen disse que os três anos que passou casada com Joelson foi de "uma vida sofrida". Ele já respondia a um artigo da Lei Maria da Penha, por tê-la ameaçado com uma faca, porque queria dinheiro para comprar drogas. Suelen e a mãe, que estava dentro da casa, foram encaminhadas ao 30ºDP (São Cristóvão), onde foram ouvidas e liberadas. PORTAL A DESGRAÇA VIA DN MÁRCIA FEITOSA REPÓRTER
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