NOVOS E CABELUDOS TRAMBIQUES NO LAMACENTO GOVERNO PEDRO ROSINHA TAQUES
Governador Pedro Rosinha Taques já tem sua marca de governo registrada: MENTIRA, CARA DE PAU E TRAMBIQUES MILIONÁRIOS.
JOSÉ MARCONDES MUVUCA - No último dia 10 de agosto o governo do estado exonerou da Secretaria de Cidades (Secid) o engenheiro Leonísio Berto Volpato Vieira, o arquiteto André Luis Correa Gomes Bento e, dois dias depois, a advogada Karine Gomes Ribeiro. Os três compunham uma Comissão Especial de acompanhamento do VLT, para entre outras coisas, elaborar um projeto básico visando contratação da empresa que vai medir tamanho da obra e valor da tarifa.
Em tese, estaria tudo acertado para no final a tal consultoria emitir um parecer dizendo que era para encurtar a distância dos trilhos, um lenitivo para que o governo atendesse a decisão judicial de retomar as obras do VLT por um lado, e por outro atender a decisão do juiz Ciro José de Andrade Arapiraca, da 1a Vara Federal de Mato Grosso, que determinou que fosse elaborado, em quatro meses, um documento com estudo tarifário, modelo operacional e viabilidade econômica do modal.
Grosso modo, a justiça tem conspirado à favor de algumas situações no mínimo inusitadas. Primeiro porque o estudo do tamanho e fluxo já havia sido feito pela Secopa por algo em torno de R$ 300 mil, e a nova empresa de consultoria faria o mesmo serviço, para supostamente subsidiar e dar 'segurança jurídica' na retomada da obra, gastando algo em torno de R$ 5 milhões em mais uma consultoria (Os valores exatos não foram revelados).
O governo havia admitido insuficiência de técnicos para exarar o parecer antes da contratação da consultoria. Ato contínuo, tentou usar estes profissionais como 'bodes expiatórios' para justificar a contratação. Experientes, e consciêntes, eles não aceitaram colocar suas respectivas assinaturas e por isso foram sumariamente demitidos no dia seguinte.
A sensação de que algo não cheirava bem ficou latente, afinal, o governo tido como moralista estava demitindo profissionais qualificados e respeitados, reconhecidos por não compactuar com maracutaias. Ao perceber o erro o próprio governo voltou atrás e tornou o ato de exoneração sem efeito no dia 15 de agosto.
O insondável mistério de suas exonerações e recontratações posteriores, ainda pairam no ar. Embora tenha ficado claro que o governo queria elaborar um Termo de Referência a 'toque de caixa' para contratar uma empresa de reestudo por um valor exorbitante. Isso porque parte desse estudo já havia sido feito pela 'Oficina Consultores Associados', que também verificaram o plano de mobilidade urbana da região metropolitana (Planomob RMVCR 2010).
Os profissionais que foram demitidos tiveram uma conversa muito estranha quando foram readimitidos. Nela uma pessoa do governo cuja identificação o Muvuca Popular manterá em sigilo, disse aos funcionários que precisava da TR para mandar para as empresas. "Aí quem vai analisar vai ser uma comissão, formada por dois daqui (Secid), um da CGE, um da PGE, um do Desenvolvimento Econômico".
A pessoa que falou em nome do governo disse ainda que com a nova forma não teria problema, até porque conseguiram uma 'forcinha' da justiça. "Assim não vai dar problema nenhum, soca o pau, o juíz já deu a decisão né, já mandou que é pra fazer aquilo lá e deu quatro meses".
Em outro trecho da conversa, o representante do governo acalmou os técnicos dizendo que "Agora tá tranquilo, só o TR chegar na mão do secretário e fazer a dispensa da licitação".
De forma esquemática, as cartas do termo de referência serão enviados para as empresas Price, Deloitte, Century e Big Four, embora haja a suspeita de direcionamento para a empresa KPMG, que aborda fortemente o tema 'compliance', bastante conhecido da Secretária de Trasnparência e Combate a Corrupção, Adriana Vandoni, que até o momento não deu um pio sobre o caso.
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