O dia que Pedro Taques levou uma facada de um juiz na praça da Sé em São Paulo
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De Traks a Taques - A história não contada de Pedro
O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), contou uma história durante a filiação do seu correligionário, Pedro Taques, (PSDB-MT), como tentando criar intimidade, ao citar “ligação histórica de Taques com São Paulo” porque um certo homônimo Pedro Taques doou, no século XVII, o terreno onde hoje é a Praça da Sé.
O que Alckmin não contou foi que o Pedro Taques daquela época possuía uma rusga contra Fernando de Camargo pelo controle do poder político-burocrático da região de São Paulo. O paulista Fernando era um típico bandeirante, visto nos livros, que saía pelo sertão para “prear índios”. Mas ao mesmo tempo, ocupou cargos na sua comarca, como o de juiz.
Por outro lado, o Pedro Taques paulista se aliou aos jesuítas. E então, os jesuítas foram expulsos não só de São Paulo como do Brasil, e o inevitável aconteceu.
Acabou que Fernando e Pedro se encontrarem, e não foi no Pátio do Colégio, onde surgiu São Paulo, e sim na atual Praça da Sé, e os dois brigaram feio, com tiros de armas de fogo de grande barulho, fumaça e pouca precisão até os punhais, com um tentando golpear o outro.
O problema é que possuíam seus partidários, e eles entraram na briga, ou melhor, na carnificina. Muito sangue foi derramado, e vários morreram. E como na política atual, a história não registrou o nome de nenhum dos mortos, por serem pobres diabos. Quanto aos dois, Fernando e Pedro, saíram quase ilesos.
Tempos depois, eles se reencontraram no mesmo lugar, e Fernando cravou o punhal nas costas de Pedro Taques, morto, na Praça da Sé. Taques morreu de forma cruel, por vingança e ódio depois de ter enganado e traído seus apoiadores.
Mas essa não é a história que o nosso Pedro Taques da rua 24 de outubro gosta de contar, e sim que a família veio para Mato Grosso junto com os bandeirantes sorocabanos, logo após a descoberta do ouro e consequente criação de Cuiabá.
Além disso, credita a origem do nome de família Taques ao “Taks”, que seria de origem libanesa, árabe, portanto. Porém, o “Taques” a que Geraldo Alckmin se referia como o doador do terreno da Praça da Sé, é “Tacks” de origem Belga do século XV.
O que nos mostra essa história, dita aqui com um pouco mais de profundidade, é que a superficialidade dos discursos esconde muito e revela apenas o que interessa a quem a conta e agrada quem está no poder. O 'nosso' Pedro Taques, baixinho, roliço e triste, é português, se passando por Belga, sendo vendido pelo PSDB como lord inglês. (MUVUCA)
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