PINÓQUIO PERDE LONGE!
GOVERNO MENTIROSO DESMENTIDO POR EDUCADORES DE MATO GROSSO
Servidores
da rede estadual de educação de todo o Mato Grosso foram às ruas
centrais de Cuiabá na quarta-feira (15) para expor a insatisfação com os
rumos que a área vem tomando nos últimos anos em relação aos
investimentos – ou à falta deles – em infraestrutura, manutenção,
programas de aperfeiçoamento pedagógico e profissional etc.
Munidos de um estudo de mais de 270 páginas, os profissionais da
educação de Mato Grosso, não apenas estaduais mas também municipais,
irão protocolar cinco cópias deste documento, que mostra o abandono das
escolas públicas em em vários órgãos, incluindo Ministério Público
Estadual, Assembleia Legislativa, Palácio Paiaguás, Tribunal de Contas
do Estado e Secretaria da Educação.
À frente do movimento, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do
Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes do Nascimento,
falou dos problemas enfrentados pelos profissionais, que, muitas vezes,
veem crianças e adolescentes num ambiente de ensino em condições
precárias, não só de estrutura e material mas também de saúde, higiene.
“Este dossiê mostra a realidade das escolas públicas no nosso Estado.
Revelam como nosso trabalho, enquanto profissionais do ensino, é
desvalorizado, diferente da propaganda institucional, que vende a ideia
de que está tudo funcionando sem problemas. Nossas escolas são vítimas
de sucessivos abandonos por parte dos governos, e com o governo atual
isso também não mudou”, acusa Nascimento.
Da mesma maneira, a situação no interior não é das melhores. Segundo o
líder sindical, cidades como Ribeirão Cascalheira e Pontes e Lacerda
(622 km e 442 km distantes da Capital, respectivamente) sofrem com a
falta de estrutura básica, como um teto para as salas de aula ou ainda a
utilização de contêineres de metal, as famosas salas de lata, no dia a
dia de trabalho e aprendizagem.
“Em Ribeirão Cascalheira o teto desabou em 2011 e até agora não
consertaram. Em Pontes e Lacerda, a situação é um pouco pior. Existem
dez salas de aula que, na verdade, são contêineres adaptados. Cada um
custou R$7 mil para ser montado, sem contar o gasto com o aluguel destes
espaços, que é de R$3 mil”, disse ele.
Reunidos no evento, chamado de “Dia D”, escolhido, a partir deste ano,
como a data que será utilizada pela luta de uma educação de qualidade, a
praça também contava com banners de fotos e informações de várias
escolas de todo o estado.
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