AOS AMIGOS TUDO, AOS INIMIGOS CAIXÃO E VELA PRETA
MAURO MENDES ARTICULA, JUIZ VOLTA ATRÁS, E OBRAS MILIONÁRIAS DE PARENTES DE EX-GOVERNADOR SÃO LIBERADAS PARA CONCLUSÃO NA CAPITAL
Que o governador Mauro Mendes é vingativo e não esquece desaforos, traições, todos tem pleno conhecimento. Mas é leal com os amigos leais, e tem sido assim com o ex-deputado federal Fábio Garcia, que foi seu secretário quando prefeito de Cuiabá, e que se elegeu graças ao apoio recebido de Mendes, que em 2014 gozava de grande popularidade em Mato Grosso como gestor "inovador" da Capital. "Fabinho", que se depender da vontade e empenho de Mauro virá a ser o próximo prefeito da Capital, é neto do ex-governador Garcia Neto (já falecido), fundador da ENGEGLOBAL e outras várias empresas, administradas pelo filho Robério Garcia (pai do Fábio Garcia).
Em 2018, caído em desgraça, perseguido no governo Pedro Taques (MT), escanteado pelo governo Michel Temer (BR), o pedido de recuperação judicial do Grupo Engeglobal Construções, empreiteira responsável por várias obras inacabadas da Copa de 2014 em Cuiabá e Várzea Grande, foi aceito pela Justiça. Com a decisão, proferida pelo juiz Cláudio Roberto Zeni Guimarães, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, o grupo teve dado um prazo de 180 dias para tentar se reerguer e honrar as dívidas de R$ 48,7 milhões que possui junto a dezenas de credores e funcionários.
"MILAGRE DIVINO": JUIZ VOLTA ATRÁS NA PRÓPRIA DECISÃO
Passou a depender de um milagre para não fechar as portas definitivamente. Esse "milagre Divino" veio em 2019 com a posse do novo governador, Mauro Mendes, que desde fevereiro, segundo fonte do Cacetão Cuiabano, passou a articular (via advogados amigos), percorrer corredores judiciários, em busca de soluções para o problema afeto ao Fabinho e seu pai. E nesta semana, o juiz Roberto Teixeira Seror, da 5ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, voltou atrás e modificou uma decisão de sua própria autoria acolhendo pedido da empreiteira Engeglobal para revalidar um contrato firmado entre o Governo do Estado e a empresa em novembro de 2012 ao custo inicial de R$ 25,7 milhões.
O objeto é a execução da obra de restauração do Córrego Mané Pinto e adjacências, na Avenida 8 de Abril, no bairro do Porto, na Capital.
Com isso, a empresa está autorizada a retomar e dar continuidade à execução dos serviços até o julgamento de mérito do processo. Ao ser intimado, o Estado terá que cumprir integralmente a decisão e terá prazo de cinco dias para contestar e indicar as provas que pretende produzir. Fará isso? Mauro contestará recente decisão do juiz? Você acredita em "Boitatá"?
Concluindo. Em outubro de 2018, o então governador Pedro Taques (PSDB) suspendeu o contrato de forma unilateral alegando que a empreiteira pertencente à família do ex-deputado federal e suplente de senador Fábio Garcia (DEM) descumpriu cláusulas contratuais e nunca concluiu a obra. Através da Secretaria Estadual de Cidades (Secid), o Governo alegou ainda que foram constatadas patologias e inconformidades na obra de modo que a empresa foi notificada a corrigir, porém sem sucesso, o que gerou multas e penalidades. E por fim, a suspensão do contrato. DETALHE: A obra devia ter sido concluída antes de junho de 2014, a tempo da Copa do Mundo.
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