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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Sangue aos borbotões, desvios de milhões e outros mistérios envolvendo Governo Barbosa e Construtora Encomind 


A construtora Encomind Engenharia e Comércio e Indústria é um dos principais braços no esquema de lavagem de dinheiro, conforme inquérito da Operação Ararath. Ela é apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como receptora de mais de R$ 100 milhões do governo do Estado, entre 2008 e 2010. Em fevereiro de 2012 o empresário sócio da Construtora Encomind, uma das maiores do país do ramo, foi encontrado morto com oito facadas no quarto da mansão que mantinha em um condomínio Morro do Chapéu, que fica à margem do lago de Manso, em Chapada dos Guimarães, a pouco mais de 100 quilômetros de Cuiabá. Carlos Garcia Bernardes, de 62 anos, fundador da construtora, estava caído sob uma poça de sangue. O que antes era apenas uma hipótese de suicídio, mas deixou muita gente em dúvidas, até mesmo as pessoas que o conheciam mais de preto, agora as suspeitas de que ele tenha sido assassinado aumentaram. Não apenas pelas oito punhaladas, uma delas atravessou a língua, outras no peito, que atingiu o coração e varou nas costas e uma na nuca inclusive uma ou duas pelas costas, fato quase impossível, segundo a Polícia, mas agora pela citação de seu nome na “Operação Ararath”, envolvendo pagamentos de mais de R$ 112 milhões, dinheiro da época - hoje, mais de R$ 180 milhões corrigidos – pagos de maneira suspeita pelo Governo do Estado para a empresa Encomind Engenharia, Comércio e Indústria Ltda. 

 As investigações mostraram que pelo menos R$ 11 milhões foram transferidos da conta da Encomind para as empresas Amazônia Petróleo e Globo Fomento Mercantil, das quais Júnior Mendonça, pivô da Operação, é dono. Ele, no entanto, assumiu aos agentes nunca ter realizado negócios ou empréstimos com a construtora. O empresário Júnior Mendonça informou à PF ter feito empréstimos a Silval Barbosa (PMDB) e Blairo Maggi (PR) a mando do ex-secretário Eder Moraes. O delator operacionalizava um esquema "conta-corrente", conforme classifica a Procuradoria. O sistema de débitos era amortizado por créditos oriundos de várias empresas, entre elas a Encomind. “Foi utilizado um engenhoso esquema para ocultar a origem e natureza dos recursos utilizados para pagamento dos empréstimos (...), havendo indícios de que os recursos empregados nesse esquema sejam resultado de desvios de recursos públicos de Mato Grosso”, diz trecho da denúncia.

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