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quarta-feira, 1 de abril de 2015

ALVOROÇO NA CAPITAL
 PF prende ex-secretário por repassar patrimônio a "laranjas"
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O ex-secretário Éder Moraes foi preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal em sua residência, no condomínio Florais dos Lagos, na região da MT-010, em Cuiabá. Neste momento, agentes da PF estão na casa do “ex-homem forte” do palácio Paiaguás por 12 anos. Segundo as informações, os agentes entraram no condomínio “a paisana” para não chamar atenção dos demais moradores. Eles estavam num veículo BMW preta descaracterizado. Esta é a segunda vez que Éder Moraes é preso na Operação Ararath. Em maio do ano passado, ele foi detido na quinta fase e permaneceu por mais de 80 dias detido no Complexo Penitenciário da Papuda e Centro de Custódia de Cuiabá. Ele foi solto em agosto do ano passado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. Desde então, Éder foi denunciado sete vezes pela Justiça Federal. Nas audiências de instrução, ele tem feitos costumeiras críticas ao Ministério Público Federal e a Justiça Federal. 

  PATRIMÔNIO PARA LARANJAS 

De acordo com a PF, Éder Moraes estava se desfazendo de bens para evitar possíveis bloqueios. Foram feitas operações imobiliárias fraudulentas, com valores inferiores aos praticados no mercado. Estes imóveis e veículos de alto padrão foram transferidos pelos suspeitos para "laranjas". A medida, de acordo com a PF, tem "o notório intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro e arresto de bens". As medidas de hoje foram determinadas pelo juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jefferson Schneider, atendendo requerimento do Ministério Público Federal no curso da ação penal. Também existe um mandado de busca e apreensão que está sendo cumprido. A Polícia Federal instaurou novo inquérito policial contra Éder e os supostos "laranjas" para apurar a ocultação e a lavagem de dinheiro. Além de constituírem crimes próprios, tais condutas também violam decisão judicial que concedeu liberdade provisória a um dos investigados. 

NEGCÓCIOS COM WALDIR PIRAN 

O ex-secretário Éder de Moraes Dias é acusado de fazer negociações de imóveis e veículos com familiares e até com parentes do empresário do ramo de fomento mercantil, Valdir Piran, um dos investigados na “Operação Ararath”. Éder foi preso nesta quarta-feira na sétima fase por policiais federais em sua casa no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá. De acordo com o delegado federal, Marco Aurélio Fávare, responsável pela prisão de Éder, o esquema consistia na transferência de imóveis e veículos por valor abaixo do praticado no mercado. “Imóveis que estavam em nomes de membros da família ou de funcionários de Piran em certo momento foram transferidos para familiares de Éder Moraes”, declarou o delegado. Nas transações, foram constatados que os bens, que são de propriedade de Éder Moraes, foram transferidos para nomes de “laranjas” para evitar o bloqueio pela Justiça. O ex-secretário tem pedidos de bloqueios de mais de R$ 100 milhões. Todavia, foram encontrados até o momento apenas R$ 1 mil na conta da esposa do ex-secretário, Laura Tereza Dias, também ré em ação criminal. “Ele utilizava de laranjas e familiares menores de idade para ocultar que a propriedade é do próprio investigado”, explicou. 

EM NOME DO FILHO 

o secretário Éder de Moraes Dias é acusado de transferir um terreno em seu nome para o filho, o ex-jogador de futebol Éder de Moraes Dias Junior. De acordo com a Polícia Federal, a transação tinha como objetivo evitar possíveis bloqueios de bens do ex-secretário. O ex-homem forte do palácio Paiaguás nos últimos 12 anos já responde a sete ações penais na Justiça Federal por crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Além disso, veículos de luxo também eram repassados para nomes de “laranjas”. A esposa de Éder, Laura Teresa da Costa Dias, também figura como ré em uma das ações penais da “Operação Ararath”. Os imóveis e carros eram repassados em simulações de compra e venda dos terrenos. Os valores eram bem abaixo dos praticados em mercado. Na garagem da residência de Éder Moraes, no condomínio Florais dos Lagos, estavam três “carrões”: uma Land Rover Evoque, uma Mitsubishi e uma Dodge. A investigação destas operações de Éder Moraes foram conduzidas pela delegada Heloísa Alves de Albuquerque Fávari, do núcleo de inteligência da Polícia Federal. Ainda nesta manhã, o superintendente da PF em Mato Grosso, Marco Aurélio Fávari prestará explicações sobre a prisão do ex-secretário. O advogado Ronan Oliveira, que patrocina a defesa de Éder Moraes, está na superintendência da Polícia Federal em Cuiabá acompanhando a prisão. Ele disse que tomará conhecimento das acusações antes de prestar esclarecimentos a imprensa. 

VIZINHO DE RIVA 

Após ser lavrado a prisão e prestar depoimento, Éder Moraes será levado para o IML (Instituto Médico Legal) onde passará por exame antes de dar entrada no sistema prisional. Ele ficará detido no Centro de Custódia de Cuiabá, anexo ao presídio do Carumbé, mesmo local onde está preso o ex-deputado José Riva (PSD). Uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) impede que os dois investigados na "Operação Ararath" mantenham qualquer tipo de contato. Portanto, eles devem ficar em celas separadas. O ex-presidente da Assembleia Legislativa está detido desde o dia 21 de fevereiro na "Operação Imperador". Ele é acusado de comandar um grupo de 14 pessoas que teriam desviado R$ 62 milhões dos cofres públicos do Legislativo através da compra simulada de materiais de expediente. (FONTE: FOLHAMAX)

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