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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

ATACADA VÁRIAS VEZES, JORNALISTA PASSOU A FUGIR DO "PASTOR LIMA" COMO O DIABO CORRE DA CRUZ 
Segundo a juíza Célia Regina ,  que afastou Kleber Lima da Comunicação de Pedro Taques, por várias vezes ele constrangeu uma servidora, " através de manifestações verbais, além de tocá-la no pescoço e ombros, tentando abraçá-la e beijá-la" OUTRAS TRÊS JORNALISTAS TAMBÉM FORAM SEXUALMENTE ASSEDIADAS POR LIMA



(NOTÍCIAS DO NORTÃO/MÍDIA NEWS)

Os relatos são escabrosos, diferentes das versões expostas por alguns colegas jornalistas para o "caráter íntegro, acima de suspeitas" do porta-vós do governador Pedro Taques, afastado do cargo na última quinta (28). A juíza Célia Regina Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, afirmou que o jornalista Kleber Lima foi afastado do Gabinete de Comunicação do Estado para não prejudicar a instrução processual da ação que responde, por improbidade administrativa. Acusado de assédio moral e sexual contra servidores do Gcom, Lima foi afastado de suas funções pela magistrada, que atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

 A decisão está em segredo de Justiça, mas o MidiaNews teve acesso a uma cópia. “Os fatos, sob ótica apresentada pelo MPE na inicial, se mostram gravíssimos, totalmente incompatíveis com o cargo. No caso em comento, analisando os elementos que foram colhidos no inquérito civil, estou convencida que há indícios suficientes de que se o requerido permanecer no exercício do seu cargo irá atuar de modo a prejudicar efetivamente a instrução processual”, escreveu a magistrada.  A decisão de Célia Vidotti traz relatos de servidores que teriam sido sexualmente assediadas pelo secretário afastado. A reportagem preservará seus nomes em função do sigilo judicial. Segundo a juíza, Lima, por várias vezes, constrangeu uma servidora, "insinuando-se através de manifestações verbais, além de tocá-la no pescoço e ombros, tentando abraçá-la e beijá-la. A servidora ora vítima teria decidido que não mais participaria de reuniões e viagens com o secretário, pois estava com medo devido as abordagens que ele fazia, com evidente conotação sexual e buscando uma intimidade que nunca existiu entre eles”. Em outro trecho, a magistrada relata que "o secretário insinuou-se para mais três servidoras do Gcom, por meio de atos e palavras com conotoções sexuais, tendo assediado as mesmas durante horário de expediente e dentro do ambiente de trabalho, qual seja, as dependências do Gabinete de Comunicação do Estado de Mato Grosso”. 

 “Os fatos apresentados pelo Ministério Público são gravíssimos e demonstram indícios de reiterada e espúria conduta do requerido, consistente na prática de assédio sexual, moral no exercício da função pública de Secretário de Estado de Comunicação, valendo-se da sua posição de superior hierárquico para constranger as servidoras lotadas no Gabinete de Comunicação”, escreveu Célia Vidotti. “Além de lhes impor represálias e retaliações, quando não atendido em seus ímpetos ou quando apresentam posicionamento divergente da forma como os trabalhos da referida pasta são conduzidos, notadamente pelo caráter pessoal e não institucional". Além do afastamento, Lima está proibido de manter contato, de qualquer forma, com quaisquer dos servidores do Gabinete de Comunicação do Governo ouvidos como vítimas e testemunhas no inquérito que instruiu a ação. Ele também está proibido de frequentar o gabinete.

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