Ainda envolto em mistérios assassinato de duas garotas em Cuiabá
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Mortas a pauladas quando faziam sexo num sofá!
Quase uma semana após o brutal assassinato a pauladas das adolescentes P.A.A.A., de 14 anos e L.R.R., de 16 anos, a delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirma que ainda não conseguiu nenhuma pista concreta que levasse até um possível autor do crime.
Ao RepórterMT, ela disse que na quarta-feira (8), ouviu as mães das duas vítimas e colegas que estavam no bar, momentos antes das duas irem até a casa de uma delas, no Jardim Umuarama, em Cuiabá, e serem mortas a pancadas e pauladas.
“Os interrogados foram enfáticos em dizer que não viram nenhuma atitude suspeita da saída das jovens até o encontro dos corpos nus, na residência da vítima de 14 anos”, destacou Anaíde.
Já sobre a possibilidade das duas terem mantido relação sexual, em cima de um sofá, onde foram surpreendidas pelo assassino, a delegada disse que as famílias negaram que as adolescentes fossem lésbicas.
Anaíde afirmou que a hipótese foi levantada pelos agentes da Perícia Técnica Oficial de Identificação Técnica (Politec), que fizeram um exame macroscópico do local do crime e perceberam que, antes das meninas serem atacadas, teriam tirado a roupa, dobrado e colocado em um cômodo da casa.
“A adolescente de 14 anos levou o primeiro golpe na testa em cima do sofá. Já a de 16 foi agredida também na testa, mas quando estava em pé.
Os corpos e o local do crime não têm nenhum sinal de defesa, o que nos leva a acreditar que elas foram surpreendidas”, explicou.
Dias após o crime imagens de dois homens circularam nas redes sociais, onde internautas os apontaram como os assassinos das vítimas. Anaíde explicou que os dois têm passagens na Polícia e são foragidos.
De acordo com a delegada, os criminosos já foram identificados e estão sendo procurados pela DHPP. No entanto, Anaíde destacou que as investições não apontaram nenhum ‘indício’ de relacionamento dos foragidos com as vítimas.
Dois dias após o duplo homicídio a delegada tomou os depoimentos dos namorados das vítimas, porém eles disseram não ter visto nenhuma atitude suspeita.
O namorado da adolescente de 16, que foi o primeiro a encontrar os corpos, explicou que no mesmo momento que as duas garotas saíram do estabelecimento ele levou de moto um amigo até a casa dele.
“Ele [namorado] falou que depois que deixou o amigo, ainda foi na casa de L.R. a chamou, mas ninguém atendeu, em seguida voltou para o bar. Como a menina não tinha retornado, ele voltou à casa dela, entrou na residência e encontrou os corpos”, finalizou.
Na próxima semana, a Politec deve concluir os laudos toxicológico, de alcoolemia e de conjunção carnal, requeridos pela delegada no dia do crime.
Anaíde explicou que pode identificar o autor do crime diante de um possível sêmen que tenha sido coletado nos corpos das meninas.
“No dia do crime não foi possível saber se as duas foram estupradas. Ou se junto com o sangue teria algum sêmen do possível assassino. Por isso, com a conclusão dos laudos poderá ajudar nas investigações”, explicou.
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