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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DEPOIMENTO NO MPE

Éder detalha esquema na Sefaz que dá prejuízo de R$ 500 mi a MT

Ex-secretário detalha como setores econômicos sonegam impostos

 
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 Éder qualifica secretário da Sefaz de Silval como "craque"
Em depoimento ao Ministério Público Estadual, o ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Copa de Mato Grosso, Éder Moraes Dias, revela a existência de um esquema de sonegação tributária que provocaria anualmente um rombo de cerca de R$ 500 milhões nos cofres públicos. As declarações foram dadas pelo ex-homem forte do senador Blairo Maggi (PR) e governador Silval Barbosa (PMDB) nos meses de fevereiro e março deste após ter sido um dos alvos da "Operação Ararath" e hoje o executivo tenta anular a "delação" argumentando ter sofrido pressão por parte dos promotores e até mesmo dos advogados que o defendiam na época.
Nas declarações dadas, Éder Moraes pede ao MPE uma ação para evitar que o esquema continue vigorando na Sefaz beneficiando as empresas dos setores de frigorífico, sucroalcooleiro e atacadista. "O Ministério Público, na ma minha concepção, consegue salvar o Estado com o verdadeiro equilíbrio fiscal. Aí, vou usar a minha cabeça de secretário de Fazenda: está absolutamente corrompida a base tributária. Esses três segmentos tem uma evasão, entre as aspas tem uma renúncia. Não é evasão de no mínimo R$ 500 milhões ao ano para jogar fora e dizer que eu sou bobo", afirma em depoimento obtido pelo FOLHAMAX.
Éder Moraes ainda compara que o setor de frigoríficos deveria pagar R$ 600 milhões por ano de impostos ao Estado, mas quita entre R$ 120 milhões a R$ 140 milhões pelo regime de estimativa. "Isto é onde Mato Grosso está afundando", assinala ao citar que as usinas de álcool também deveriam recolher R$ 350 milhões, mas chegam apenas R$ 120 milhões aos cofres do tesouro.
Para o executivo, o atual secretário de Fazenda, Marcel Souza Cursi, seria o mentor intelectual da manobra tributária que geraria prejuízo milionário ao Estado. "O Marcel é craque nisso. Nele eu confio e eu acredito que ele fale verdade", detalhou sugerindo que o MPE convoque o atual titular da Sefaz na gestão de Silval Barbosa.
Também eu seu depoimento, Éder revelou a existência de uma suposta taxa de retorno que seria paga pelos segmentos empresariais para terem direito a sonegação. "Tem retorno obviamente nisso", frisou ao contar que um atual secretário de Estado teria ganhado até mesmo uma área no Pantanal de uma empresa beneficiada com o esquema de insenção de impostos.

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