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MAIS DETALHES SOBRE COMO OCORRIAM AS ROUBALHEIRAS NOS GOVERNOS BLAIRO MAGGI E SILVAL BARBOSA
No transcorrer da semana, dia após dia, via depoimento dado ao MPE no início do ano e vazado agora para a imprensa, o ex-secretário de Estado Eder Moraes entregou um esquema de lavagem de dinheiro, usado pelos governos Silval Barbosa e Blairo Maggoi, para pagar propina e dívidas de campanha por meio de construtoras, bancos e agiotas.
Eder confirmou que fazia o papel de articulador do esquema, nos dois governos. E detalhou como ocorria no de Barbosa:
“Eu fiz para a Encomind (pagamento) próximo de R$ 22 milhões. Eu dei a carenagem legal para fazer esse desembolso... Não estou aqui me defendendo. Eu estou disposto a falar exatamente o que é", disse
"Eu dei todo o requinte legal para isso. Então, eu era sempre procurado pelo grupo. Pelo grupo, que eu digo, era o (procurador) João Virgílio, o governador Silval Barbosa, o (ex-secretário da Sinfra) Vilceu Marchetti, o (ex-secretário da SAD) Geraldo De Vitto; o secretário de Planejamento. Em todas as situações tem que ter a Secretaria de Planejamento na disponibilidade do Orçamento”, disse.
O ex-secretário, e homem forte das gestões de Blairo Maggi e Silval Barbosa, disse também que a Auditoria Geral do Estado "concordou" com todos os pagametnos.
E que foi criada uma "ciranda" financeira, junto a factorings, para parte do dinheiro retornar aos agentes políticos.
"A Auditoira Geral do Estado, no mínimo, ela teve que olhar todos esses números para ser pago. Não há um processo que nós fizemos pagamento que a Auditoria não tenha concordado, ou que ela tenha homologado cálculo vindo lá da Sinfra", disse.
"Agora, que tinha o retorno tinha... Isso é óbvio, basta observar as liquidações das operações do Bic Bando e a ciranda que foi criada nas factorings", afirmou Eder.
Eder disse ainda que, de todo o dinheiro que era repassado para as construtoras, 50% deveria retornar para o grupo político de Silval.
O ex-secretário de Fazenda afirmou que as construtoras "reclamavam muito" sobre o valor a ser devolvido.
Esse número era muito 'puxado' porque a procuradoria também queria um pedaço, em torno de 10%. E tudo aquilo pra poder aprovar parecer. Foi o que eu ouvi do Rodolfo Campos (Construtora Encomind)”, disse Eder no depoimento.
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