TRAGÉDIA DO RIO GRANDE DO SUL
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SUMIÇO DE CÂMERAS MOTIVOU PRISÕES DOS PROPRIETÁRIOS DA BOATE ONDE MORRERAM 231 PESSOAS
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( VEJA FOTOS REVELADORAS de ANTES, DURANTE e APÓS incendio da boate Kiss, com pessoas desesperadas correndo e corpos espalhados!)
PORTO ALEGRE (RS) - O sumiço de câmeras de circuito interno da boate Kiss, onde 231 pessoas morreram em um incêndio na madrugada de domingo (27), motivou o pedido de prisão dos sócios da casa noturna, informou na segunda-feira (28) o Ministério Público do Rio Grande do Sul, que deu parecer favorável às prisões temporárias. "A prisão foi decretada para que a investigação criminal não sofresse nenhum revés, nada conturbasse (a apuração). Principalmente, em razão da notícia de que aparelhos de filmagem do circuito interno sumiram do local", afirmou a promotora Waleska Agostini, que acompanha o caso desde o início.
Quatro foram presos na segunda após a tragédia: o dono da boate,
Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes
da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria
dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz,
responsável pelo caso.
Os pedidos de prisão foram formulados pela delegada Luiza Santos Sousa, e aceito pelo juiz plantonista Régis Adil Bertolini. Na manhã da segunda, peritos da Polícia Civil vistoriaram o carro de
Spohr, que está detido por determinação judicial em um hospital em Cruz
Alta após o incêndio.
Incêndio e prisões
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação
da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma
espécie de show pirotécnico.Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como
"sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate,
dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos
minutos.
Em depoimento, Spohr afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de
funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação. O advogado Mario Cipriani, que representa Mauro Hoffmann, afirmou que o cliente "não participava da administração da Kiss".
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