Eder detalha valores levantados para campanha petista em Cuiabá
O ex-secretário de Estado Éder de Moraes Dias afirma ter levantado R$ 7,5 milhões para a campanha eleitoral de Lúdio Cabral (PT) em 2012, quando o ex-vereador foi candidato a prefeito de Cuiabá. A informação foi revelada em mais uma escuta telefônica que vazou de um dos processos judiciais resultantes das várias fases da Operação Ararath - investigações da Polícia Federal sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 500 milhões.
A quantia que supostamente teria sido levantada por Éder Moraes é equivalente quase 80% de todo gasto do petista declarada a Justiça Eleitoral, de R$ 9,4 milhões. "Eu arrumei R$ 7,5 milhões para a campanha dele com grupos ai que você conhece", disse Éder, que, na conversa, reclamava com o chefe do gabinete do governador Silval Barbosa (PMDB), Silvio Corrêa, sobre um assédio de Francisco Faiad (PMDB) a sua base eleitoral.
“Tô te ligando para dar um toque aí. É... esse doutor Faiad, companheiro, amigo, irmão, é... ele tem um pessoal dele aí, que trabalha para ele na campanha e tal, beleza. Sempre respeitei, nunca invadi a área. Diferente dele que tentou arregimentar um pessoal meu, que historicamente nas últimas dez eleições estão comigo, tanto para apoiar o Silval quando ele foi governa ..., candidato a governador, tanto para apoiar o Blairo, enfim, porque é o grupo Senadão aí que são trezentas e poucas associações ou entidades”, diz trecho da conversa.
No ínterim da conversa, Éder ainda conta que ficaram pendências financeiras da campanha de 2012, a qual ele já teria deixado totalmente nas mãos de Lúdio Cabral. “Porque ficou algumas coisinhas de campanha para resolver que ele resolveu, problema é dele, ele que se foda, a campanha é dele, o candidato a prefeito foi ele e o outro, não fui eu. Eu arrumei sete milhões e meio para a campanha dele de doação, com grupos aí que você conhece, então .” (olhar Direto)
Por fim, Éder reforça o pedido por uma intervenção e ameaça até mesmo uma briga dentro da base do governador, caso Faid decida continue com o assédio.
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