FORÇA TAREFA FEDERAL PODE EXPURGAR DO CARGO, ANTES DE DEZEMBRO, O GOVERNADOR SILVAL BARBOSA E TODO SECRETARIADO
O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) aprovou,NESTA QUARTA, por unanimidade a proposta de criação de uma força-tarefa para atuar na investigação do Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso, na denominada operação Ararath
O aprofundamento das investigações federais em Mato Grosso, diferente do que costuma ocorrer quando envolve órgãos regionais, poderá despejar do cargo de governador antes de dezembro deste ano, não apenas Silval Barbosa, mas todo secretariado que o acompanha momentaneamente, pesando sobre muitos a suspeita de envolvimento nas roubalheiras que "limpam" cofres do Tesouro Estadual. A proposta de criação fa Força Tarefa foi feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com objetivo de auxiliar e reforçar o trabalho realizado pelas procuradoras da República no Estado, designadas para o caso. O prazo inicial para desenvolvimento das atividades é de 30 dias. O objetivo da força-tarefa é possibilitar que membros do MPF cumpram seu dever institucional de combate à corrupção e defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais. O grupo atuará na análise do material apreendido nas medidas de busca e apreensão. O Supremo Tribunal Federal, ao deferir a execução das medidas de busca e apreensão e prisão realizadas em 20 de maio, atribuiu ao PGR a responsabilidade pela coordenação, execução e sigilo das investigações.
"A condução da operação é de minha única e exclusiva responsabilidade", destacou Rodrigo Janot. Integrantes - foram designados para atuar com dedicação exclusiva na força-tarefa o procurador regional da República, Gustavo Pessanha Veloso, da Procuradoria da República da 1ª Região (PRR1), e os procuradores da República, Rodrigo Leite Prado, da Procuradoria da República em Minas Gerais (PR/MG) e Ronaldo Pinheiro Queiroz, da Procuradoria da República no Rio Grande do Norte (PR/RN). Com a exclusividade, os procuradores ficarão, por 30 dias, afastados de suas funções nas unidades de origem. Ao final do prazo inicial, o Conselho Superior decidirá se haverá prorrogação da duração dos trabalhos e da dedicação exclusiva dos integrantes.
Investigação – a operação realizada no dia 20 de maio faz parte da ampla investigação que está em curso desde 2010. O trabalho conjunto das instituições apura oito crimes: lavagem de dinheiro, organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, agir como se instituição financeira fosse, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documento público. A investigação é realizada concomitantemente pela Polícia Federal e por duas unidades do MPF: a Procuradoria Geral da República, sediada em Brasília, que atua perante o STF nos inquéritos relacionados aos investigados que possuem foro por prerrogativa de função (foro privilegiado); e a Procuradoria da República em Mato Grosso, que atua perante a Justiça Federal nos inquéritos envolvendo pessoas que não são detentoras de cargos públicos que garantam o foro diferenciado.
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