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terça-feira, 29 de abril de 2014

Doze pessoas são investigadas por fraudes e desvio de R$ 20 milhões em cursos na Secretaria de Trabalho de Mato Grosso, incluindo a primeira dama do Estado 

 Embora a imprensa regional já tenha se colocado "ao dispor" para "blindar" figurões e defenestrar "bagrinhos" (como de costume), a ex-secretária e primeira dama do Estado, Roseli Barbosa, não escapa a lista de 12 pessoas sob foco de investigações do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que cumpre nesta terça-feira mandados de busca e apreensão na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (SETAS). Os alvos são documentos contábeis, licitatórios, de liquidação e de prestação de contas referente a convênios firmados entre o Estado e Institutos de fachada para realização de cursos profissionalizantes. Investigações realizadas pelo Gaeco em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência Originária da Procuradoria Geral de Justiça (Naco) apontam a existência de conluio entre servidores lotados na Setas e Institutos sem fins lucrativos para fraudes em licitações e convênios. Sob gestão de Roseli Barbosa, nos últimos dois anos, a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) e Concluir receberam do Estado quase R$ 20 milhões para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros. Para obterem êxito nas contratações, nomes de “laranjas” foram utilizados pelos fraudadores. A qualidade dos cursos oferecidos também está sendo questionada. Em um dos casos exemplificados pelo MPE, a pessoa contratada para elaboração do conteúdo das apostilas possuía apenas o Ensino Médio completo. Em seu depoimento, a jovem confessou que recebeu pelo serviço a quantia de R$ 6 mil e que copiou todo o material da internet. Até o momento, o Gaeco já identificou a participação de doze pessoas no esquema. Cumprindo ordens de quem? Quais "líderes" chefiavam o grupo criminoso? Os nomes dos envolvidos serão divulgados após o oferecimento da denúncia.

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