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quinta-feira, 26 de março de 2015

EMPRESÁRIO CONSTRUTOR "ABRE O BICO" PARA FEDERAIS E FAZ REVELAÇÕES COMPROMETEDORAS CONTRA O PODEROSO E "INTOCÁVEL" SENADOR BLAIRO MAGGI 
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 Amigo da presidente Dilma, bilionário e integrante de uma das famílias mais ricas do mundo, o "intocável" senador Blairo Maggi (foto-PR) deverá, finalmente, explicar alguns dos episódios episódios nebulosos que, de certa forma, contribuíram para que quintuplicasse sua fortuna pessoal desde que entrou para a política, assumindo como governador e, agora, senador da República . O texto a seguir é do repórter RAFAEL COSTA, do Folhamax:

 Em depoimento a Polícia Federal e Ministério Público Federal, o empresário Robison Todeschini revelou que a empresa Constil Construções e Terraplanagem Ltda beneficiou diretamente o ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR), com obras de pavimentação asfáltica e drenagem em frente a sede do grupo empresarial Amaggi, em Cuiabá. Os documentos com declarações e vídeos das declarações do empresário estão anexadas ao inquérito sigiloso que tramita no Supremo Tribunal Federal em decorrência da "Operação Ararath" em que o senador é um dos investigados ao lado de outras autoridades do Estado. Conforme o depoimento ao qual FOLHAMAX teve acesso com exclusividade, o empresário revelou que, em 2011, uma das obras executadas pela empreiteira foi a duplicação da Avenida Hélio Ribeiro, que passa em frente a Assembleia Legislativa e percorre a sede da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), se prolongando até o fundo do TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Robison Todeschini revelou que a obra em frente a sede da Amaggi não estava prevista para ser executada pela empreiteira no projeto original feito para a Caixa Econômica Federal. No entanto, o senador "insistiu" para que o empresário João Carlos Simoni terminasse a obra apesar da previsão de um prejuízo de R$ 700 mil a época. "O declarante esteve presente em uma reunião com João Simoni e engenheiros da obra na qual foram apresentadas planilhas que demonstravam que a obra ia gerar prejuízos. João Carlos afirmou que não teve jeito para não se indispor com o Blairo e atenderia o pedido dele para não se indispor e que depois compensaria lá na frente", declarou Robison Todeschini, ao delegado Wilson Rodrigues de Souza Filho, a agente Laura Yumi Miyakawa e também as procuradoras Vanesa Cristhina Marconi Zago Ribeiro e Denise Nunes Rocha Müller Slhessarenko no dia 23 de maio de 2014.

 Em 2011, o Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um procedimento investigatório para apurar se a nova sede do Grupo André Maggi havia sido beneficiada com obras de drenagem e pavimentação asfáltica com recursos públicos na ordem de R$ 2,1 milhões. O dinheiro seria resultado de uma emenda parlamentar liberada pelo Ministério do Planejamento de autoria do então deputado federal Eliene Lima (PSD). Na época, a imprensa chegou a relatar a denúncia apurada pelo Ministério Público. Conforme o empresário Robinson Todeschini, somente após a suspeita ser levada ao conhecimento público que o senador Blairo Maggi (PR) buscou regularizar um pagamento pendente com a empreiteira. FOLHAMAX tenta há duas semanas falar com o senador sobre as declarações do empresário. No entanto, a assessoria de imprensa do senador republicano explicou que um laudo da secretaria de Infraestrutura não aponta nenhuma irregularidade na obra citada pelo empresário em seu depoimento. Filho do empresário Wanderley Todeschini, Robison era sócio de João Carlos Simoni na empresa Todeschini. Por orientação de seu pai, ele iniciou como funcionário na empreteira, mas era sempre colocado de lado para não ter conhecimento da administração. Ele conta que resolveu "abrir o bico" após descobrir que João Carlos Simoni teria "ficado muito rico" diante do faturamento anual de R$ 100 milhões da Constil com obras no Estado, União e municípios. Robison ainda acrescentou que em 2011 realizou uma auditoria na Constil. Nesse estudo, ele descobriu que que vários cheques administrativos teriam sido emitidos através de cheques administrativos a própria Constil, o que dá indícios de pagamento de propina para autoridades.

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