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domingo, 29 de março de 2015

MAIS UM  PARA ALEGRAR O CÉU!
A LAMENTÁVEL PARTIDA DE "ZÉ BONITINHO", O PERIGOTE DAS MULHERES 

 O ator Jorge Loredo, o Zé Bonitinho, de 89 anos, morreu na  da quinta-feira (26), Ele estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, desde o dia 3 de fevereiro na Unidade de Terapia Intensiva. "Loredo lutava há anos contra uma Doença Pulmunar Obstrutiva Crônica (DPOC) grave e um Efisema Pulmunar", revelou boletim médico. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.Apesar da idade, 90 anos, até dois anos atrás o humorista continuava trabalhando e usando as redes sociais para falar com os fãs e divulgar sua agenda de shows."Zé Bonitinho", o perigote das mulheres, como o personagem de Loredo se apresentava nos esquetes de humorísticos, fez parte do enredo "Beleza pura?" da escola de samba União da Ilha, que teve como enredo a beleza em suas várias interpretações. "Zé Bonitinho" se achava um galã irresistível, sempre ajeitando a cabeleira com um pente enorme, tão grande quanto seus óculos escuros.Jorge Loredo nasceu em 7 de maio de 1925 (completaria 90 anos em 2015) foi criado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No final dos anos 50, Loredo já era famoso com o mendigo filósofo que interpretava na TV Rio no programa “Rio cinco para as cinco’ e depois na “A praça é nossa”, com Manoel de Nóbrega a quem o mendigo se apresentava com o bordão "Como vai, meu nobre colega?". O personagem usava fraque e cartola, bem esfarrapados, monóculo e luvas. O figurino, segundo contava Loredo, foi tirado de um filme de Charles Laugthon que fazia o papel de um mendigo aristocrata.O personagem surgiu por ideia de sua mãe, que na infância conhecera um mendigo elegante que ia à sua casa pedir comida, mas queria uma mesa montada na garagem com toalha de renda e tudo.O mendigo filósofo fez tanto sucesso que Loredo teve como padrinho de casamento o ex-presidente Juscelino Kubistcheck. O que lhe valeu um bordão famoso. Ele terminava o quadro do mendigo dizendo: “Agora vou encontrar com aquele menino, o Juscelino...”.Criou outros tipos: um italiano que não podia ver televisão porque queria quebrá-la, o profeta Saravabatana que andava com uma cobra que dava consultas a mulheres, e o professor de português que tinha a voz do Ary Barroso.

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