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terça-feira, 15 de abril de 2014

DENÚNCIA PESADÍSSIMA ENVOLVENDO EDER MORAES, GOVERNADOR SILVAL BARBOSA E "SÓCIOS" EM NEGOCIATA MILIONÁRIA PARA ABASTECER CAIXA II 
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 Wanderley Torres, "Sócio FANTASMA/LARANJA" do governador Silval, ludibriou a Justiça em prejuízo à massa falida do Banco Rural, sacando R$ 20 milhões para quitar dívidas de campanha. Conta nunca foi paga! 

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FAZENDA DO GOVERNADOR SILVAL USADA NO TRAMBIQUE
NAS INVESTIGAÇÕES, MAIS "LARANJAS" DO GOVERNADOR BARBOSA "BOIANDO" NO MAR DE LAMA


 

Nos idos do segundo mandato do hoje senador Blairo Borges Maggi (PR-MT) à frente do governo matogrossense (2007-2010), um empreiteiro sediado em Várzea Grande tomou vultoso empréstimo no finado Banco Rural, sob forma de Cédula de Crédito Bancário, à época aproximados R$ 20 milhões – dinheiro que teria servido ao pagamento de despesas restantes de campanhas eleitorais, conforme informações obtidas pelo semanário Centro-Oeste Popular. A operação teria sido articulada por um certo ex-secretário “multicoisas” (Eder Moraes, hoje apontado como HOMEM BOMBA, mas já nos braços de Barbosa por conta de novos acordos milionários) e, em garantia ao empresário tomador, teriam sido prometidos “contratos de gaveta” para futuros recebimentos por conta de eventuais obras públicas, não necessariamente executadas. Consta que outros empresários da construção pesada teriam tomado financiamentos similares no BIC Banco – instituição na qual o tal ex-secretário articulador do suposto esquema tem notória influência e trânsito. Esses empréstimos também teriam sido garantidos com a expectativa de gordos contratos e os valores igualmente repassados com o fim de saldar contas da eleição.  No caso da Cédula de Crédito Bancário tomada no Banco Rural, sabe-se que até hoje não foi paga – da mesma forma que os compromissos relativos ao tal “contrato de gaveta” prometido a alguns  empreiteiros também não foram honrados. Indignado com a “passativa” e acuado pela dívidas milionárias, um desses empresários  teria então “posto a faca no pescoço” de figurões vários, sob a ameaça de “botar a boca no trombone”. Pressionados, os figurões teriam dado um jeito de renegociar o pacote de dívidas com o Banco Rural – mais uma vez, o tal ex-secretário teria sido o articulador da operação. Segundo fontes confiáveis, ele teria convocado outro empreiteiro – Wanderley Fachetti Torres, proprietário da Trimec Construções e Terraplenagem Ltda, conhecido também por “Dono de Mato Grosso” - para que este avalizasse o refinanciamento da Cédula de Crédito Bancário. Mais uma vez, a garantia seriam obras e mais obras e contratos milionários. Disso Wanderley Torres não tem o que reclamar – sua empreiteira foi agraciada com aproximadamente meio bilhão de reais sob as bênçãos do governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB), do qual é SÓCIO FANTASMA e LARANJA em muitas empresas, que havia sido vice de Blairo Maggi e o sucedeu na chefia do Executivo de Mato Grosso. Só que a tal Cédula de Crédito Bancário refinanciada sob o aval do “Dono de Mato Grosso” venceu outra vez – e ninguém pagou. Com o mico nas mãos e falência decretada pelo Banco Central, a instituição financeira credora não teve outra opção senão protestar o título e incluir Wanderley Torres, assim como a Trimec Construções e Terraplenagem em cadastros de inadimplentes – o que inviabiliza a empreiteira de obter certidões necessárias aos procedimentos licitatórios, contratos, execução e recebimento de obras públicas.

MANOBRA ARDILOSA
FAZENDA DO GOVERNADOR SILVAL USADA NO TRAMBIQUE

 Atualizada, a dívida com a massa falida do finado Banco Rural já beira os R$ 30 milhões, conforme certifica o Cartório do 4º Ofício Notarial de Cuiabá, privativo de protesto de títulos . A fim de se livrar do papagaio – e “limpar” seu nome e a Trimec nos órgãos de proteção ao crédito -, Wanderley Fachetti Torres recorreu a ardilosa manobra. Comprou uma fazenda com área pouco superior a 9,8 mil hectares no município de Poconé – teria pago pela terra R$ 700 mil – e, depois armou o “pulo do gato”: contratou uma certa Rosa Imóveis para avaliar a propriedade conforme a conveniência do fim a que se destinava, qual seja, o de ser oferecida em caução judicial para a negativação do protesto relativo à Cédula de Crédito Bancário que o “Dono de Mato Grosso” havia avalizado. Em “Parecer Técnico de Valores de Mercado” o corretor Guido Grando Júnior avaliou, no mês de outubro do ano passado, a Fazenda São Pedro – estimou o valor mínimo em cerca de R$ 29,43 milhões e o valor máximo em R$ 34,62 milhões, ou seja, na média aproximados R$ 32 milhões ). Em outras palavras, coincidentemente valores bem próximos à dívida com a massa falida do Banco Rural. A avaliação do corretor Guido Grando Júnior foi corroborada pelo gestor imobiliário Oriovaldo Nogueira Silva e acatada pela juíza Adair da Silva, da 3ª Vara Especializada em Direito Bancário da Comarca de Cuiabá, que aceitou o imóvel em caução da dívida e determinou a exclusão de Wanderley Torres e sua empreiteira dos cadastros de inadimplência e órgãos de proteção ao crédito. Fontes fidedignas acusaram à reportagem do Centro-Oeste Popular que o imóvel foi super avaliado – o valor real da Fazenda São Pedro não estaria muito longe de R$ 5 milhões, ou seja, cerca de um sexto da estimativa de preço feita sob encomenda para o “Dono de Mato Grosso” pela Rosa Imóveis. No documento de avaliação, Grando Júnior já deu mostra suficiente da eventual “encomenda” ao grafar trecho denominado “limitação de responsabilidade”, no qual afirma que “para elaboração deste trabalho foram utilizados informações e dados de históricos não auditados e dados, fornecidos por escrito ou verbalmente por diversas fontes de mercado e pelo solicitante”. E prossegue, na intenção de isentar-se por completo. “Sendo assim, presumem-se como verdadeiros os dados e informações obtidos para este relatório e não há qualquer responsabilidade deste avaliador com relação a sua veracidade. O escopo deste trabalho não inclui auditorias e medições in loco”. Interessante que, na petição inicial à Justiça, o advogado Hamilton Ferreira Silva Júnior – o qual é associado ao ex-secretário de Administração de Mato Grosso, Francisco Anis Faiad – afirmou que Wanderley Torres desconhece o real montante da dívida e se de fato não teria sido paga. Teria então avalizado no escuro? 

SILVAL E TEGIVAM
NAS INVESTIGAÇÕES, MAIS "LARANJAS" DO GOVERNADOR BARBOSA "BOIANDO" NO MAR DE LAMA

 Curioso também é que a Fazenda São Pedro, antes de ter sido "comprada" por Wanderley Fachetti Torres, estava em nome de João Luiz Neto e Alvanira Bezerra de Morais – mas, na verdade, não pertenceria ao casal. Interrogado via telefone – a conversa foi gravada, por segurança -, João Luiz Neto informou à reportagem do Centro-Oeste Popular que os verdadeiros donos do imóvel seriam o filho do casal, Tegivam Luiz de Morais, e o governador de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa. Tegivam Morais é homem de confiança de Silval Barbosa – foi, inclusive, chefe de gabinete dele na Assembléia Legislativa, quando ainda era deputado estadual. Outra coincidência misteriosa é que Tegivam Morais recebeu procuração do pai João Luiz Neto para vender a propriedade – depois, o instrumento de mandato foi substabelecido a um tal Mauro César Pereira, que afinal vendeu a área para Wanderley Fachetti Torres (confira fac-símile).

(Texto Original: Haroldo Assunção / Centro-Oeste Popular)

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