ELY SANTANTONIO
Macaco leal acaba com a banana enfiada no rabo... Entrega Silval Barbosa, Blairo Maggi e outros (políticos e empresários) poderosos que gozam de liberdade total enquanto você come "pao que o diabo amassou" na cadeia!... Falo com você, Éder, que para mim sempre foi um homem de palavra, leal e empenhado em zelar pela imagem de seus ex-patrões.
Trocentas pessoas enriqueceram com as roubalheiras praticadas em MT e, neste último caso, Operação Ararath, de todas as dezenas de tubarões e bagrinhos presos pela PF, apenas você, Éder Moraes, continua trancafiado entre as grades por que, teimosamente, segundo seu próprio advogado, se recusa aos benefícios da "Delação Premiada". Seja por medo de morrer, de perder o patrimônio ou até mesmo lealdade aos ex-patrões e outros "amigos".
Vilceu Marchetti também era um homem leal, cumpridor de suas obrigações, discreto ao extremo. Chorou lágrimas verdadeiras ao entregar o cargo na Infre-estrutura (no caso do Escândalo dos Maquinários) sabendo de antemão que teria que arcar com as consequências sozinho. Centenas de milhões já vinham sendo surrupiados antes dos míseros R$45 milhões serem detectados.
Vilceu se achava seguro numa fazenda nos confins do Pantanal, comprada com o suado dinheiro de suas comissões por partícipe e obreiro no desvio de milhões em obras superfaturadas beneficiando construtoras ligadas a Blairo Maggi e Silval Barbosa.
Por precaução, para não aplicar toda a fortuna acumulada, colocou, segundo fonte do Cacetão, cerca de R$ 15 milhões nas mãos de um conhecido grande agiota palaciano, amigo do governador Barbosa: "para o dinheiro render"... E a fazenda onde foi morto "ocupando o cargo de CAPATAZ", em nome do amigo íntimo e "sócio- testa" de confiança Nery Fuganti que, segundo vem sendo apurado por uma equipe da Revista ISTOÉ, vem a ser "sócio" parceiro em investimentos no agronegócio (tudo por baixo do pano) do ex-governador e hoje senador Blairo Maggi.
Haroldo Assunção,
Especial para o MT Popular
Especial para o MT Popular
”Esse jornal pega no meu pé, mas nunca tiveram a coragem de escrever meu nome, Vilceu Marchetti… Sempre dizem ‘o tal secretário, um certo secretário’… Então, se eu comprei ou deixei de comprar, não devo satisfação a vocês nem a ninguém, só ao governador Blairo Borges Maggi.”, respondeu, com ira no olhar – surpreendentemente fixo – nos olhos verdadeiros que o interrogaram dos mais de 20 mil hectares comprados a peso de ouro em sociedade com Nery Fuganti, megaempresário sediado em Joaçaba (SC).
A nada teme a verdade.
- Tenho provas.
”Faça o que você quiser”.
Ele não diz a verdade.
Interessante que, na coluna ”Pinga Fogo”, edição passada, nos referimos ao tema desta reportagem, em duas notas, sem nomes citar.
”Latifundicretário”.
Dada a reação, é lícito supor que tenha servido a carapuça.
Mentira que o jornal nunca o citou nominalmente.
Já o denunciávamos em texto lavrado por este humilde escriba, tempos atrás, aqui mesmo, nas páginas deste combativo semanário – ”Acerto? Sinfra faz pagamentos suspeitos a construtora de SP”, reportagem na qual mencionados foram nome e sobrenome do indigitado tal:
”Entre os meses de junho e setembro deste ano, conforme informações obtidas com exclusividade pela reportagem do MT Popular, a empresa Constran S/A Construções e Comércio, sediada na capital paulista, recebeu pagamentos da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), que totalizam algo perto dos R$ 30 milhões. Todos os repasses foram autorizados pelo titular da pasta, Vilceu Marchetti”.
Refresco à memória de quem leu, fresca notícia ao que à época perdeu – obra rendeu milhões desde 1994 sob o governo Jayme Campos (hoje senador, DEM-MT), José Carlos Novelli, então DVOP, atual TCE (ao tempo presidente do Departamento de Viação e Obras Públicas, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado), passou pelo finado governador Dante de Oliveira (PSDB-MT), Construtora Triunfo e umbilicais ligações, Valter Albano, então Sefaz, hoje TCE (naqueles dias secretário de Estado da Fazenda, atual conselheiro daquela Corte.
PANTANAL ADENTRO
”In loco”, apuradas foram as primeiras informações.
Já em Porto de Fora – distrito de Santo Antônio de Leverger, comunidade localizada na rodovia estadual MT – 040 à frente do município-sede, distante mais um pouco da próxima cidade pantaneira, Barão de Melgaço -, a recente negociação de terras é de conhecimento público.
Nos bares, no ‘bulicho’, no posto de combustíveis – à frente do escritório das construtoras Guizardi Júnior e Dínamo, ambas do mesmo grupo, a primeira do pai, Miguel, a outra de seu filho, coincidentemente vencedoras de licitação para obras de asfaltamento naquela região -, é corrente a notícia.
Vilceu Marchetti, secretário de Estado de Infraestrutura, comprou as Fazendas Mar Azul – coisa de 20 mil hectares, por coisa de R$ 20 milhões – e Trindade, 3,5 mil hectares, aproximados R$ 5 milhões.
Na cidade batizada nobre homenagem ao Augusto militar, herói no embate às paraguaias tropas de Solano Lopes, o fato é também de boca corrente.
Na prefeitura, no cartório, nos ”bulichos”, é de comum sabido.
Vilceu Marchetti, secretário de Estado de Infraestrutura, comprou as Fazendas Mar Azul – coisa de 20 mil hectares, por coisa de R$ 20 milhões – e Trindade, 3,5 mil hectares, aproximados R$ 5 milhões.
CAPOEIRINHA
Na terra natalícia do Patrono da Arma das Comunicações do Exército Brasileiro, Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, também do brilhante economista, ministro de Estado e senador da República Roberto Campos, o confirmaram ilustres, humildes, anônimos compatriotas – que, ironia, isolados da tecnologia de comunicações e ansiosos pelo andar do ”elefante branco”, inacabado museu, memória inda vaga ao bugre desbravador, recém cobrada por vozes de todo o país no Congresso Nacional da Abrajet (Associação Brasileira dos Jornalistas em Turismo), realizado na capital matogrossense dias atrás.
Lá também o confirmou a ”vox populi”…
Vilceu Marchetti, secretário de Estado de Infraestrutura, comprou as Fazendas Mar Azul – coisa de 20 mil hectares, por coisa de R$ 20 milhões – e Trindade, 3,5 mil hectares, aproximados R$ 5 milhões.
À frente, mais perto, na ‘currutela’ cujo diminutivo nome indica a supremacia da luta escrava senzaleira frente à casa-branca e senhores de engenho – ”Capoeirinha” -, onde o sabor do almoço caseiro, hospitaleiro, ingênuo, sábio, confirmou, bem acusou, caboclo pantaneiro.
- Esses povo, quando pega cargo no governo, faz a vida…
Vilceu Marchetti, secretário de Estado de Infraestrutura, comprou as Fazendas Mar Azul – coisa de 20 mil hectares, por coisa de R$ 20 milhões – e Trindade, 3,5 mil hectares, aproximados R$ 5 milhões.
DESENCONTRO
Coisa pouca, quase nada – alguns minutos menos ou mais – desencontramo-nos do capataz, que seguia na Toyota Bandeirantes, bege, da Mar Azul para a Trindade.
Passamos pela casa onde tinha peixe no almoço, ônibus parado, à entrada do povoado.
À boca-pequena, de novo ali confirmado.
Vilceu Marchetti, secretário de Estado de Infraestrutura, comprou as Fazendas Mar Azul – coisa de 20 mil hectares, por coisa de R$ 20 milhões – e Trindade, 3,5 mil hectares, aproximados R$ 5 milhões.
Ficou na boca a fome de peixe, que já encomendado estava o almoço – arroz, feijão, bife acebolado, tudo caseiro e às pressas, que a hora do rancho já era passada.
MARCHETTI SOBRINHO
Também passamos a porteira da Mar Azul.
A salvação foram dois moleques – que estavam antes onde almoçamos à pressa – e nos guiaram até a fazenda.
”É bem ali, vizinho de vovó”.
Lá, encontramos Sansão Marchetti, sobrinho e gerente, que nos confirmou.
Vilceu Marchetti, secretário de Estado de Infraestrutura, comprou as Fazendas Mar Azul – coisa de 20 mil hectares, por coisa de R$ 20 milhões – e Trindade, 3,5 mil hectares, aproximados R$ 5 milhões.
Duas conversas
Guilherme Garcia confirma venda a Vilceu e Fuganti
Quando percebeu quem era ao outro lado da linha, desconversou
Guilherme Garcia confirma venda a Vilceu e Fuganti
Quando percebeu quem era ao outro lado da linha, desconversou
Interrogado por telefone, o empresário rural sediado em Santo Antônio de Leverger, Guilherme Garcia, confirmou ter vendido a fazenda Trindade aos sócios Marchetti e Fuganti.
Segundo ele, o negócio foi fechado dias atrás, ao custo de R$ 1,6 mil por hectare.
Quando lembrou do repórter, mudou o rumo da conversa.
”Eu não vendi pra Virceu, vendi pra Agropecuária Pantanal, quem comprou de mim foi Nery, que é o dono da Agropecuária Pantanal… Tem nada de nome de Virceu…”
- Mas o senhor confirmou que tinha vendido pro Vilceu…
”Não, eu falei que ele é cumpadre do Virceu, o Virceu num sei se é sócio da Agropecuária Pantanal. Tá no nome pra quem que eu vendi…”
- Ah… O Nery é compadre do Vilceu?
”Eu sei lá o quê que ele é, eu vendi pra ele, ele que me pagou…” (H.A.)
Nada a declarar
”Eu não tenho nada com isso, não”
Milton Pichinin confirma negócio com Nery Fuganti
”Eu não tenho nada com isso, não”
Milton Pichinin confirma negócio com Nery Fuganti
”Eu não sei, eu não sei”, respondeu o empresário Milton Pichinin, ex-proprietário da fazenda Mar Azul, quando inquirido sobre a venda do imóvel ao secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Vilceu Marchetti.
”Tá na Receita Federal declarado, tudo na Receita Federal, o que eu fiz”, desconversou.
”Eu vendi pro seu Nery Fuganti”, confirmou depois – negou, porém, qualquer relação com Marchetti.
Tudo declarado
Contador conta verdade sobre Marchetti e Fuganti
Quem cuida a sociedade em Mato Grosso é Vilceu
Quem cuida a sociedade em Mato Grosso é Vilceu
O contador Antonio Cláudio Roman, empregado de Nery Fuganti numa de suas empresas – a Joauto, concessionária da Volkswagen em Joaçaba (SC) -, confirmou a compra da fazenda Mar Azul pelo patrão e o sócio dele, secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Vilceu Marchetti.
”Sei sim, lá no Pantanal, né…”.
Perguntado se Fuganti tem escritório ou representação comercial em Mato Grosso, entregou o ouro.
”Quem cuida aí, das coisa aí, é o seu Vilceu…”
- Vilceu Marchetti?
”É”.
Sem palavras
Deselegante, Nery Fuganti foge às explicações
Empresário desligou telefone ”na cara” do repórter
Deselegante, Nery Fuganti foge às explicações
Empresário desligou telefone ”na cara” do repórter
Inquirido por telefone, o empresário Nery Fuganti foi mal-educado ao extremo. Dissimulou sobre a relação comercial – sociedade mesmo – com o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Vilceu Marchetti.
E, literalmente, desligou o telefone ”na cara” do repórter.
Apurou a reportagem do MT Popular que Fuganti é réu em processo na Justiça Federal de Mato Grosso.
Também teve problemas com a Justiça do Trabalho em Barra do Gaças. (H.A.)
Fonte MT Popular
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