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terça-feira, 22 de julho de 2014

FRAUDE EM PESQUISA ELEITORAL
 Juíza rebate declarações de ser induzida ao erro e diz que jornalista não sabe do que fala 

 REPORTER MT: A juíza eleitoral de Mato Grosso, Ana Cristina Mendes, rebateu na tarde desta segunda-feira (21), as declarações do proprietário do jornal Diário de Cuiabá, o jornalista Gustavo Capilé de Oliveira, que contratou a pesquisa da Vox Populi, suspensa por decisão da juíza neste domingo (20), por diversas irregularidades que levantavam a suspeição de fraude. Em entrevista ao site Olhar Direto, Gustavo declarou que acreditava que a magistrada pudesse ter sido induzida ao erro pelos advogados das coligações dos candidatos ao governo José Riva (PSD) e Lúdio Cabral (PT), que entraram com uma representação contra a validade da pesquisa. “Os advogados da Vox vão responder todas as dúvidas. Creio que a juíza [Ana Cristina Mendes] do TRE foi induzida ao erro pelos advogados [das coligações ‘Amor à Nossa Gente’ e ‘Viva Mato Grosso’]. Quem pagou a pesquisa foi o Diário de Cuiabá e o TRE tem tudo isso”, afirmou Capilé de Oliveira. "Acredito que quem fez esse pronunciamento é que deve estar bastante equivocado e não deve realmente estar sabendo do que fala" Ana Cristina rebateu o posicionamento do jornalista alegando que suas decisões são baseadas nas leis e o dono do jornal falou sobre um processo ao qual desconhece.

 “Os nossos parâmetros não são sobre alegações de advogados. Os nossos parâmetros são sobre as exigências legais e para essa pesquisa Vox Populi não foram obedecidas algumas exigências da lei. Então, eu acredito que quem fez esse pronunciamento é que deve estar bastante equivocado e não deve realmente estar sabendo do que fala. A nós magistrados a analise ela é da exigência legal e eu bem pontuei nas duas liminares quais as exigências legais que não foram cumpridas. Isso basta, né”, declarou. De acordo com a própria magistrada, a pesquisa foi suspensa com base em duas representações que são da coligação “Viva Mato Grosso” contra a coligação “Coragem e Atitude Para Mudar”, de Pedro Taques e contra a Vox Opinião Pesquisa e Projetos LTDA, alegando a irregularidade da pesquisa e solicitando sua suspensão imediata. Outra representação foi da coligação “Amor à Nossa Gente”, de Lúdio Cabral (PT), contra a coligação “Atitude para Mudar” e o candidato Pedro Taques, alegando propaganda ilícita, devido à distribuição de materiais divulgando o resultado da pesquisa irregular. A partir da decisão da juíza, foi instaurada uma representação criminal, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). Entre as irregularidades que causaram a suspensão da pesquisa estão a não abrangência da pesquisa em todas as regiões do estado e o fato de não entrevistarem o número de eleitores suficientes em regiões com maior densidade eleitoral. A juíza determinou que fosse retirado de circulação qualquer material referente à pesquisa.

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