FRIO E CALCULISTA, SILVAL BARBOSA VIRA COSTAS PARA ÉDER MORAES E DEIXA "HOMEM BOMBA" ENTREGUE AO PRÓPRIO INFORTÚNIO
Silval e Maggi numa boa, sorrindo, e Éder comendo "pão que o Diabo amassou", preso em Brasília
"Não iria produzir provas contra mim", diz Silval sob dispensa de depoimento
TEXTO: A GAZETA - O governador Silval Barbosa (PMDB) conseguiu na Justiça Federal, em Mato Grosso, ser dispensado para testemunhar na defesa do ex-secretário de Estado, Eder Moraes, preso desde maio passado, acusado de praticar crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Eles são investigados na Operação Ararath desencadeada desde 2013 pela Polícia Federal.
O processo no qual o chefe do Executivo é citado corre sob segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF). Silval e o ex-governador, hoje senador Blairo Maggi (PR), foram arrolados como testemunhas de Eder pela defesa do acusado, que foi secretário de Estado na atual gestão e na administração do republicano.
A decisão que dispensou Silval do depoimento, marcado para a próxima quinta-feira, foi dada no dia 17 passado pelo juiz federal Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, onde tramita o processo no qual Eder é réu. O senador também é um dos investigados na operação e recorreu à Justiça para suspender as investigações contra ele. “Meus advogados pediram para ser que eu fosse liberado porque estou sob sigilo no STF em assuntos que estão correlatos ao que estão me chamando como testemunha”, explicou o governador, na manhã de ontem, durante o ato de assinatura do “Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção Civil”, em Várzea Grande, que contou com a presença dos ministros da Secretaria da Presidência da República, Giberto Carvalho e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
Segundo Sival, a Justiça ainda não fez qualquer convocação para ele depor, no caso em que é investigado. “Os advogados acharam por bem pedir a minha dispensa como testemunha para eu não poder produzir provas contra mim mesmo. Essa foi a fundamentação do pedido”, esclareceu o governador. Ele foi um dos alvos da 5ª fase da Operação Ararath. A residência do governador foi alvo de um mandado de busca e apreensão, porém, a Polícia Federal encontrou uma arma com registro vencido e ele acabou sendo preso.
Eder, que está no presídio da Papuda no Distrito Federal, deve ser transferido para Cuiabá um dia antes para acompanhar as audiências. A esposa dele Laura Tereza Dias e o ex-secretário adjunto da Secretaria de Fazenda do Estado, economista Vivaldo Lopes, e o superintendente do BICBanco em Mato Grosso, Luiz Carlos Cuzziol, que chegou a ser preso em Cuiabá, também são réus neste processo.Existe a suspeita que dinheiro público possa ter sido utilizado para beneficiar interesses particulares. O pivô da operação, empresário Júnior Mendonça, citou os nomes de todos estes na sua delação premiada.
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