Empresário que mandou matar Maiana Vilela afirma que se já acostumou com vida na cadeia

Foto: Vanessa Alves (OD)

Delegada Anaide Barros, responsável pelo caso Maiana Mariana

O empresário Rogério Amorim, 38, apontado pela polícia como o mandante do assassinato da estudante Maiana Mariano, 16, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal, afirmou em depoimento à Polícia Civil que “o pior já passou” e que já está “acostumado” com a cadeia. Segundo ele, os outros acusados também irão se acostumar.

Para a delegada Anaíde de Barros, que comandou a investigação do caso, não restam dúvidas que Rogério mandou matar a jovem. Preso desde 25 de maio, Amorim, no entanto, nega que seja o mentor do crime. Em seu último depoimento, o empresário alegou que ainda ama a garota e usufruiu o direito de ficar calado.

As versões apresentadas por Rogério e pela esposa, Calisângela de Moraes, também presa por participação no crime diferem quando o assunto é um apartamento. Ambos negam envolvimento no crime, mas o empresário diz que comprou um apartamento para a garota, e a esposa diz que o imóvel havia sido adquirido para ela.

Não está descartada a hipótese de este apartamento ser o motivo do crime. Em entrevista coletiva concedida no dia da prisão, a delegada declarou que Maiana pode ter sido morta porque estava cobrando um imóvel de Rogério, algo que ele já havia prometido à menina.

A delegada afirma que a linha adotada por Rogério até então é insistir na tese de que ama a garota para livrar-se da acusação. Os dois executores do crime Paulo Ferreira e Carlos Alexandre Nunes da Silva admitiram o assassinato e afirmaram que receberam individualmente R$ 2.500, 00 pelo crime.
Vanessa Alves - Olhar Direto