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sexta-feira, 18 de maio de 2012

UM "CORONEL" DOS TEMPOS DA ESCRAVIDÃO COMANDANDO MUNICÍPIO NO INTERIOR DE MT








A vereadora por Serra Nova Dourada Aurilene Maciel Milhomem, a professora Aurilene (PSD), acusa o prefeito Valdivino Carmo Cândido, o Nenezão (PMDB), de andar armado, intimidando cidadãos e vereadores, ter efetivado como servidores públicos a maior parte dos membros de sua família que realizaram concurso em 2009, além de deslocar máquinas da prefeitura para fazer serviços em sua fazenda. Segundo ela, as denúncias foram encaminhadas ao Ministério Público há mais de um ano, mas ainda não tiveram respostas.

Aurilene conta que, à época, Nenezão descobriu sua intenção de flagrar caminhões do Executivo trabalhando em propriedades privadas e chegou a ameaçá-la por telefone. “Ele disse que eu podia ir na fazenda dele, chamar meu marido para ir junto e até levar mais alguém, pois estava preparado para nos receber”, relata.

A tentativa de flagrante, conforme ela, acabou frustrada, não pelas ameaças, mas por ineficiência do poder público. O MP recomendou o acompanhamento da Polícia Civil ao local, mas a cidade não possui profissionais dessa área e a vereadora não conseguiu a colaboração de policiais de fora.

Ainda segundo a parlamentar, mais de 20 membros da família de Nenezão conseguiram passar no concurso público realizado no município. Entre filhos, sobrinhos, primos, ninguém foi reprovado. “O filho dele passou em segundo lugar para motorista e foi chamado. Para enfermeira só tinha uma vaga e a filha dele passou em primeiro lugar. A sobrinha da esposa dele também foi aprovada para o cargo de recepcionista” relata. Aurilene afirma que o promotor de Justiça que começou a investigar o caso confirmou que o índice de aprovação entre os familiares estava alto demais.

A social-democrata também se preocupa e já denunciou o fato de Nenezão andar com uma arma na cintura todo o tempo. A Polícia Militar local, segundo ela, estaria conivente com a atitude do prefeito. Conforme Aurilene, quando acionados, os agentes até afirmam que vão prendê-lo, mas nunca aparecem. “Vimos ele armado num bar e avisamos a polícia. Disseram que iam, mas nunca aparecem. Já desisti”.

O prefeito também teria “sumido” com uma verba de R$ 365 mil destinadas à construção de uma praça na cidade. As obras começaram em 2009 e até agora só foram plantadas gramas no local. O recurso teria sido viabilizado pelo deputado Baiano Filho (PMDB), que, segundo ela, chegou a cobrar o prefeito para terminar a obra, que tem prazo de conclusão vencido desde o ano passado.

Aurilene afirma foram esses indícios de irregularidades que a fizeram migrar do PMDB, partido ao qual o prefeito é filiado, para o PSD, recém -criado. “Me sinto envergonhada com as atitudes dele. Não tem obra, só reboco às obras dos outros”, critica
. (RDNews)

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