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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ex-esposa vai denunciar ex-governador (FILHO DE TRADICIONAL FAMÍLIA CUIABANA) que financiava Júnior Mendonça 

Karina Nogueira/ex-mulher de Júnior Mendonça
Karina Nogueira, a denunciante
 junior mendonça/fantastico
Junior Mendonça, ex-marido, hoje vivendo no Rio de Janeiro com medo de ser morto em Mato Grosso

Um importante político de Mato Grosso, filho de tradicional família em Cuiabá,  que inclusive já foi governador do Estado, está na mira da ex-esposa de Gérsio Marcelino Mendonça Júnior, a blogueira Karina Nogueira. Em entrevista  ao reporter Max Aguiar, do site cuiabano HiperNotícias, ela antecipou foi arrolada como uma das testemunhas do ex-secretário de Estado, Eder Moraes. Na data da audiência (6 de março), ela pretende entregar ao juiz da Justiça Federal de Mato Grosso, Jefferson Schneider, nomes dos principais financiadores do ex-marido, que é delator de um esquema milionário contra sistema financeiro do Estado, investigado pela Operação Ararath. “Eu prefiro não citar o nome agora. Mas, vou entregar ao juiz quais eram os financeiros do Júnior Mendonça. O que o Fantástico mostrou, não é nem metade do que ainda está em baixo do pano”, disse Karina. 

 Karina Nogueira foi esposa de Júnior Mendonça por seis anos. Ela decidiu entregá-lo à polícia após descobrir que ele escondia várias coisas dela, inclusive que era vasectomizado. Depois disso, ela começou a investigar a vida no então marido, que chegou a tentar matá-la. “Minha desconfiança em relação ao Júnior começou quando tentei engravidar por dois anos, sem que ele me contasse que era vasectomizado. Quando descobri, fui saber o que mais ele me escondia. Ai comecei a investigar. Quando ele percebeu que eu já sabia de tudo, tentou me jogar do terraço do prédio onde morávamos”, contou. Desde que a operação da Polícia Federal foi deflagrada, em novembro de 2013, Karina denunciou vários esquemas de Júnior Mendonça, e hoje alega que não teme à morte. Ela faz questão de destacar que um político, de família tradicional em Cuiabá, financiava negócios ocultos do ex-marido. “Eu não tenho medo de morrer. E por isso vou denunciar tudo que sei. Quando eu estiver frente a frente com o juiz, vou citar o nome de todos os ‘amigos’ do Júnior. Inclusive o nome de um ex-governador que o financiava”, declarou.

 A ex-esposa do delator completou. “Se alguma dia escutarem a notícia "Karina suicidou-se", pode averiguar, investigar, que foi mentira, foi armação”, concluiu. Karina Nogueira prestou diversos depoimentos ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Federal. Segundo ela, as perguntas sempre eram as mesmas: quem é o Júnior Mendonça? Da onde vem o dinheiro? Como ele ficou rico tão rápido? Quem o financia? A blogueira explica que esperou que o marido fosse condenado, como ele ainda está solto resolveu dar mais detalhes sobre os ‘patrocinadores’ de Júnior Mendonça à Justiça. 

  NOVO COMENDADOR

A blogueira contou que o sonho de Júnior Mendonça era ser o novo comendador de Mato Grosso. “Desde sempre, ele dizia que queria ser o novo João Arcanjo. Mas, pra mim ele dizia ser do bem. Ele andava de BMW, Porsch, tinha moto Kawasaki e vivia com muitos amigos, festas e uísques. Esbanjava dinheiro e estava sempre no meio de muita gente rica. Faustão, Eike Batista, etc.”, lembrou. 

  TRÁFICO DE DROGAS

Para a ex-esposa, Mendonça era um agiota bem sucedido de Cuiabá, e lembra que antes de ser empresário, Júnior Mendonça era traficante de drogas, em Várzea Grande. “Isso se o juiz perguntar, eu provo. Ele é conhecido em Várzea Grande como traficante. E eu sei que é verdade”, diz. “Ele usava muita cocaína. Pelo menos duas ou três vezes por semana. Cheirava no banheiro, e como bebia muito uísque, uma droga acabava tirando o teor da outra. Mas, ele não se intimidava nem comigo”, afirmou. Por último, a blogueira confirmou que o seu ex-marido está morando em São Paulo, pois tem muito medo de morrer. “Ele já detalhou muita coisa pra polícia, mas tem medo de se tornar um arquivo morto. A qualquer hora ele acha que será executado”.

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