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terça-feira, 29 de agosto de 2017

ALDO LOCATELLI, AGIOTA E CHEFÃO DA MÁFIA DE COMBUSTÍVEIS, DISPOSTO A REVELAR OS "ATALHOS" USADOS POR PEDRO TAQUES PARA ABASTECER "CONTAS PARALELAS" NO GOVERNO


FONTE:NOTÍCIAS DO NORTÃO

Não há informações certas sobre o paradeiro do empresário Aldo Locatelli (combustíveis, agiotagem e transporte de cargas), desde que rompeu com o governador Pedro Taques, em Mato Grosso. Há boatos de que esteja preso no Paraná, por suposto mando de dois crimes de pistolagem. O fato ainda não teria sido noticiado naquele Estado, muito menos em  Mato Grosso. E os boatos vão além. Descoberto na cadeia, o chefão Aldo Locatelli teria contactado membros do Ministério Público Federal para fazer uma delação premiada contra o governador de Mato Grosso, José Pedro Taques, que estaria lhe devendo uma fortuna em dinheiro, por conta de empréstimos pessoais e fornecimento de combustíveis.

 Locatelli, conforme fonte do "Notícias do Nortão", teria revelado aos procuradores federais os bastidores de uma teia de corrupção no Estado, envolvendo, principalmente, o uso de agiotas para abastecer contas paralelas, ocultas aos registros governamentais, e usadas para pagamentos "extra-oficiais", compra de votos de parlamentares estaduais, acertos com empresários da comunicação regional, compra de imóveis, viagens  e farras. Resumindo: uma fonte permanente de dinheiro vivo, a disposição de setores do governo para uso de acordos escusos, fora do alcance do MPE e outras camadas fiscalizadoras. 

 Apontado como chefão da Máfia de Combustíveis em Mato Grosso, com redes de postos espalhadas em outros estados da Federação, Locatelli investiu pesado na eleição de Pedro Taques para governador de Mato Grosso, com a promessa de ser recompensado futuramente. Consta, segundo desabafos do próprio Locatelli a amigos mais chegados, sendo um deles o ex-senador Antero Paes de Barros, que o empresário teve suas projeções frustradas ainda no primeiro ano do mandato de José Pedro. Mesmo assim aguentou calado, só explodindo agora, em 2017. 

 Consta ainda que, para receber parte de uma dívida estimada em cerca de R$ 60 milhões, Locatelli foi abrigado a se desfazer de uma rede de emissoras de rádio e TV que formavam o Grupo Pantanal (interior e capital), hoje, misteriosamente, nas mãos do Grupo Gazeta, de Dorilêo Leal. 

Locatellki teria ameaçado usar seus veículos para detonar o governo. Um listão de empresários agiotas encabeçado por Fernando Mendonça, Rômulo Botelho e os irmãos Pires de  Miranda, entre outros, já estaria engatilhado para ser entregue ao MPE. Foi convencido a esquecer tudo, se desligar da área de comunicação, caso quisesse manter a amizade com o governador, receber a dívida e continuar usufruindo das benesses governamentais. 

Concordou, recebeu parte do 60 milhões, mas perdeu o contato com o amigo Pedro Taques, bem como os novos acertos. Daí a razão do seu desabafo ao classificar  o governador  como: "CALOTEIRO E TRAIDOR", entre outros adjetivos para com  um cidadão honesto que, em 2010, contava com sua admiração, dinheiro e lealdade para se eleger senador da República.

Um comentário:

  1. Aldo não está preso nem é da Máfia dos combustíveis. Ao contrário. Ele foi quem denunciou a máfia que fazia concorrência desleal com o setor de varejo de combustíveis que Aldo como liderança tentava proteger. Foi neste caso que Aldo conheceu o ex procurador Pedro Taques e eu o conheci numa reunião promovida pelo MP com a sociedade civil numa campanha contra a PEC 137. Aldo é um dos poucos cidadãos que lutam contra a corrupção e por isso mesmo diante de tanta falência moral ele merece o direito da presunção de inocência.

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