'Vamos ver quem ficará vivo, morto ou de tornozeleira', diz Jaime sobre 2018
(CIRCUITOMT)O ex-governador, senador, prefeito duas de Várzea Grande, Jaime Campos (DEM), afirmou nesta sexta-feira (25) que o escândalo dos deputados estaduais referente ao recebimento de propina irá mudar completamente o cenário político de Mato Grosso. Além disso, na visão do democrata a delação de Silval Barbosa (PMDB), ainda vai render muito “pano pra manga” nas articulações políticas mirando as eleições de 2018. “Não deixa de interferir [responde sobre o escândalo]. Vamos ter que aguardar para ver quem vai estar em pé, vivo, morto, ou quem vai preso, ou ainda usar tornozeleira. Vai mudar o cenário de Mato Grosso”, disse em entrevista à Rádio CBN Cuiabá. Vídeo divulgado na noite desta quinta-feira (24), em rede nacional, mostrou os deputados estaduais à época, Emanuel Pinheiro, Luciane Bezerra, Alexandre César, Ermínio Barreto e Ezequiel Fonseca, recebendo dinheiro vivo em forma de propina das mãos do atual deputado Zé Domingos Fraga (que inclusive foi acusado por Silval de extorqui-lo para aprovar contas de seu governo) distribuindo quantia elevada em seu próprio gabinete de governo.
Para Campos, a repercussão do vídeo causou ainda mais negativa para o estado e desmoraliza os que “aqui” vivem. “Lamentavelmente nosso estado está na mídia de forma negativa. As pessoas têm que esclarecer o assunto. Um fato muito grave, pernicioso. Isso desmoraliza nosso estado. Que a justiça e os órgãos tomem providência”, pede o democrata. Jaime durante a entrevista fez inclusive uma alusão da delação premiada de Silval comparado ao seriado colombiano “Narcos ”, que conta a história de um narcotraficante em mais de 60 capítulos. “Muita água vai rolar embaixo da ponte. É igual aquele seriado do Pablo Escobar, mais de sessenta capítulos”, disse. Sobre possibilidade de proposital candidatura, o esposo da atual prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), disse que pretende aguardar. “Estou nesse exato momento contribuindo com a gestão Lucimar Campos e preocupado em ajudá-la. Feito isso, pra começar, verei quem de fato vai ter café no bule ou coragem para afastar dos cargos e posteriormente armar o jogo. O resto que estou vendo aí é conversa de bêbado pra delegado. Dizer que estou fora do jogo tem aquela conversa: ‘me engana que eu gosto’. Serei candidato se tiver respaldo da população, não vou tomar decisão de forma soldado, não vou dizer dessa água não beberei, vou aguardar”, avisa.
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