INFIÉIS, CORAÇÃO DE PEDRA!
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ALÉM DE ABANDONAR SILVAL BARBOSA NA CADEIA, DEPUTADOS PASSARAM A EXTORQUIR E AMEAÇAR FILHOS, IRMÃO E ATÉ ESPOSA DO EX-GOVERNADOR
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) lamentou o abandono político da Assembleia Legislativa de MT durante o período em que esteve preso no Centro de Custódia da Capital (CCC). O desabafo foi ouvido pelo deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) durante visita realizada em janeiro deste ano. Essas afirmações fazem parte da delação premiada de Silval, que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na conversa com Romoaldo, Silval lembrou que apesar de ter sido preso em setembro de 2015, passou a receber visitas de aliados políticos somente em 2017. Lamentou ainda que além de não ajudá-lo, a Assembleia ainda o prejudicou.
Silval disse a Romoaldo que ajudou a eleger 14 deputados estaduais e que sequer oito foram capazes de se reunir para travar a pauta da Assembleia, deixando de negociar com Executivo. Em seu entendimento, o Governo do Estado era responsável por sua prisão e a atuação firme dos oposicionistas poderia até evitar outras prisões como a do seu filho Rodrigo Barbosa.
Além disso, Silval se queixou que os deputados estaduais potencializaram sua situação desfavorável ao abrir CPIs como Obras da Copa, Renúncia e Sonegação Fiscal, OSS e Frigoríficos.
O ex-governador considerava que os objetos de investigação só reforçavam as irregularidades praticadas durante sua gestão.
Durante a visita, Silval também disse a Romoaldo qual seria o maior ato de solidariedade que poderia receber. Para o ex-governador, conforme a delação, a prova de amizade seria a formação de um bloco parlamentar de oposição ao Governo Pedro Taques (PSDB).
Silval relata ter recebido visita de diversos políticos e empresários no período em que esteve preso no CCC
No entanto, Silval lamentou e afirmou que os parlamentares que considerava mais próximos o extorquiram para aprovar suas contas de governo referentes a 2014, chegando a pressionar seus familiares, incluindo filhos, esposa e um irmão, o Toninho Barbosa. Entre eles, o delator citou Wagner Ramos (PR), Zé Domingos Fraga (PSD) e Silvano Amaral (PMDB).
Romoaldo foi líder do governo na Assembleia durante boa parte da Gestão Silval Barbosa. O peemedebista é citado na delação premiada em diversos episódios.
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