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quinta-feira, 31 de agosto de 2017



PAI DO DEPUTADO FÁBIO GARCIA "MAMOU" E NÃO PAGOU!

 
FÁBIO E O PAI, EMPREITEIRO

Uma dívida do empresário Robério Garcia e do atual secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) Carlos Avalone no valor de R$ 7 milhões foi paga pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) com dinheiro de propina. A denúncia foi feita por Silval em sua delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 9 de agosto. Robério é pai do deputado federal Fábio Garcia (PSB) e proprietário da empresa Engeglobal. Já Carlos Avalone (PSDB), que também é suplente de deputado estadual, é proprietário da Construtora Três Irmãos. Silval relatou que foi procurado pelos dois empresários entre os anos de 2012 e 2013 dizendo que estavam sem dinheiro. Eles estavam realizando obras relacionadas a Copa do Mundo e pediram para que o ex-governador fosse avalista deles em um empréstimo com o empresário Jurandir da Silva Vieira, dono da empresa Solução Cosméticos.

“O colaborador se recorda também que foi procurado por Robério Garcia, proprietário da Engeglobal e Carlos Avalone, ex-deputado estadual no ano de 2012 ou 2013, proprietário da Construtoras Trés Irmãos, pedindo para o colaborador ser avalista deles, pois eles estavam realizando obras da Copa e estavam sem dinheiro, oportunidade em que o colaborador foi avalista desse empréstimo com Jurandir da Solução”. O depoimento também revela que o empresário Jurandir emprestou R$ 1,5 milhão para Robério Garcia e outros R$ 3,3 milhões para empresa Três Irmãos. No ano seguinte, os cheques começaram a vencer e o ex-governador acabou sendo cobrado por ter assinado como avalista. “Robério e Carlos e Marcelo Avalone não quitaram o empréstimo perante Jurandir, razão pela qual logo que começou a vencer os cheques, Jurandir me cobrou (por volta de 2014) em razão do aval verbal prestado por mim”, diz o trecho da delação. Segundo Silval, como recebeu o calote de Garcia e Avalone, precisou usar o dinheiro de propina recebido do Grupo Martelli para poder pagar Jurandir. Com os juros, a dívida dos empresários custou R$ 7 milhões.

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