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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

NEBULOSOS CAMINHOS DA FORTUNA OCULTA QUE CONDUZIU TAQUES AO PALÁCIO PAIAGUÁS!
 SILVAL BARBOSA USOU R$ 4 MILHÕES EM PROPINAS DA JBS PARA ABASTECER CAIXA II DE PEDRO TAQUES 

 Em delação premiada homologada pela Justiça, o ex-governador Silval Barbosa disse que contribuiu "de forma oculta" com a campanha de Pedro Taques ao governo do Estado em 2014. E que, para isso, usou parte dos "créditos" de propina que tinha a receber do Grupo JBS S/A. "O declarante decidiu repassar as propinas percebidas da JBS S/A para a campanha de Pedro Taques, tendo o declarante, juntamente com Pedro Jamil Nadaf se reunido com Wesley Batista na cidade de São Paulo", disse o ex-governador, na delação. No encontro, Silval relatou ter informado a Batista que pretendia direcionar um terço dos R$ 12 milhões que tinha a receber "de retornos" da empresa para a campanha do então senador pelo PDT. Batista, segundo a delação, disse que já havia ajudado em sua campanha ao Senado "com valores através de uma 'off-shore'" e que poderia "encaminhar os retornos", desde que a negociação fosse "amarrada" com o candidato. "Após tal reunião Pedro Nadaf, juntamente com Alan Malouf (coordenador da campanha de Pedro Taques) foram até a sede do Grupo JBS S/A, em São Paulo, para tratar do assunto com Wesley Batista", disse o ex-governador. Na reunião, segundo Silval, ficou estabelecido que Wesley Batista viria até Cuiabá para "conversar pessoalmente com Pedro Taques". Um encontro que, segundo Pedro Nadaf disse a Silval, acabou ocorrendo. "O Declarante acredita que o valor de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) tenha sido pago, pois o crédito do Declarante perante Wesley de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) passou a ser R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais)".

 A  aproximação com a campanha do adversário, segundo Silval, foi intermediada pelo ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) e pelo senador Blairo Maggi (PP), atual ministro da Agricultura. O ex-governador afirmou ter feito pessoalmente um acordo com Taques que envolvia o corte no apoio financeiro à campanha de seu candidato, o petista Lúdio Cabral. Em contrapartida, na versão apresentada por Silval, o então senador se comprometeu a não investigar as gestões de Silval e de Maggi. Silval relatou ter tido algumas reuniões para tratar da questão: duas na casa de Mauro Mendes, uma na casa do empresário Alan Malouf (que sucedeu Mauro na coordenação financeira da campanha de Taques) e outra na chácara do empresário do agronegócio Eraí Maggi, primo do ministro Blairo Maggi (PP). Segundo o delator, Pedro Taques o agradeceu em duas ocasiões, pois percebeu que a campanha petista estava “financeiramente tímida”. O peemedebista disse que, em ocasiões diferentes, Mauro Mendes e Luiz Antônio Pagot pediram ajuda financeira para a campanha de Taques. Ele relatou que Mendes lhe pediu R$ 20 milhões e que chegou a acertar com Pagot, Eraí e Paulo Taques (coordenador jurídico da campanha e primo de Pedro) uma ajuda de R$ 2 milhões de reais e um milhão de litros de combustível. No entanto, Silval disse que não cumpriu o acordo em sua totalidade e não repassou dinheiro para a campanha de Taques, tendo cumprido apenas a promessa de não investir de forma maciça na campanha de Lúdio e articulado o repasse dos "retornos" da JBS.

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