MISTERIOSAS E ANTIGAS LIGAÇÕES DO GOVERNADOR PEDRO TAQUES COM MAFIOSOS DA AGIOTAGEM E DA "CARNE FRACA"
O governador Pedro Taques, dias atrás, se gabava da JBS/Friboi ter negociado rapidamente acordo para devolver ao Tesouro quase R$ 400 milhões. O acordo foi após a entrada em cena do grupo de recuperação de dinheiro roubado (CIRA), comandado pelo Ministério Público (MPE). Após isso, Taques foi intimado a se explicar na justiça, por ter feito essa negociação das pendências financeiras da JBS/Friboi, e em troca livrar a empresa de operações policiais, em acordo com o MPE. MT deveria arrecadar R$ 2,5 bilhões com seu rebanho bovino de mais de trinta milhões de cabeças, mas não chega a R$ 1 bilhão, em um negócio comandado pela JBS/Friboi em MT. O acordo entre a empresa e o governo poderia ter sido melhor, e o juiz do caso, Luís Aparecido Bortolussi Júnior, também estranhou a pressa e ausência de documentos. Mas tudo faz sentido: De acordo com o TRE, Wesley Batista, dono da Friboi e sócio de Fernando Mendonça na Global Participações doaram respectivamente R$ 100 mil e R$ 230 mil reais para a campanha de Taques somente em 2010, correspondendo a 30% de tudo que ele recebeu para se tornar senador.
A Global, por sua vez, é investigada pela PF por ser uma das empresas usadas no esquema para lavagem de dinheiro encabeçado pelo empresário Júnior Mendonça, dono da Amazônia Petróleo, da Global Fomento e pivô da Operação Ararath.
Amigo e doador de campanha do governador, Mendonça é visto em festas em Duabai e circula livremente mesmo após todos os crimes. A venda de parecer do Ministério Público para a empresa a pedido do governador foi algo inédito no País, já que é a primeira vez, na República, que uma empresa pagou para não ser investigada, ou ter a investigação sobre si cessada, bem como o perdão dos crimes cometidos.
A dúvida do juiz que não aceitou isso, e da sociedade em geral é se esses R$ 376 milhões pagos pela JBS entraram 100% no Tesouro. Fontes informaram que um amigo e protegido de Taques, estaria trabalhando como executivo na JBS em São Paulo, onde foram realizados alguns encontros. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, denunciaram à Justiça a existência de um forte vínculo entre o presidente executivo do grupo JBS Friboi, Wesley Batista, e uma rede criminosa que atuava no ramo de agiotagem, financiamento ilegal de campanhas eleitorais e lavagem de dinheiro desviado de cofres públicos em Mato Grosso. As suspeitas de envolvimento da multinacional de carnes em operações ilegais no mercado financeiro e no submundo da política surgiu com o aprofundamento da chamada “Operação Ararath”, comandada pela procuradora da república, Vanessa Scarmagnani. A operação desmontou um esquema de agiotagem, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e corrupção em Cuiabá, capital de Mato Grosso, que teria movimentado mais de R$ 500 milhões nos últimos anos. A empresa investigada de corrupção financiou toda a carreira política de Pedro Taques, desde que ele concorreu ao senado, e foi uma das maiores doadoras da sua campanha vitoriosa ao governo de MT.
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