Contador de visitas

sábado, 12 de agosto de 2017

DENÚNCIA DE SILVAL FERRA BLAIRO, BEZERRA, EDER E WELLINGTON FAGUNDES!

Em depoimento de delação premiada, o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) acusou o também ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), de participar de um esquema de corrupção no estado.  Entre as acusações contra Blairo Maggi, o peemedebista afirmou que o ministro fez pagamento ao ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes, para que ele mudasse um depoimento a fim de inocentar Blairo.  Aos procuradores, Silval Barbosa disse que primeiro, Morais denunciou ao Ministério Público que os dois ex-governadores sabiam de compra de vagas no Tribunal de Contas do estado. E que ele, Éder, queria assumir uma delas. Na delação, Silval disse que, depois deste depoimento, o ex-secretário de Fazenda os procurou e pediu R$ 12 milhões para voltar atrás no que havia dito ao Ministério Público. Segundo o ex-governador, tanto ele quanto Maggi aceitaram pagar para que ele mudasse o depoimento, mas que o valor seria menor, de R$ 6 milhões – R$ 3 milhões para cada um. Silval Barbosa narrou na delação que a parte de Blairo Maggi foi entregue ao ex-secretário por uma pessoa chamada Gustavo Capilé, ligado ao ministro. Disse ainda que o próprio Blairo confirmou que o pagamento foi feito em dinheiro vivo, entre 2014 e 2015. O delator confessou também que a sua parte do pagamento também foi entregue a Moraes. O repasse foi feito, segundo Silval, em duas parcelas: a primeira, em dinheiro vivo, teria sido levada pelo então chefe de gabinete dele, Sílvio Cesar Corrêa Araújo. A segunda parte, de acordo com Barbosa, foi paga mediante a quitação de uma dívida de Eder, de R$ 800 mil. A defesa de Silval Barbosa não quis comentar o teor da delação.  O ex-secretário de Fazenda do estado, de fato, mudou a versão que contou ao Ministério Público. Já em janeiro de 2015 – depois dos pagamentos relatados na delação – Eder deu uma entrevista à TV Globo em Mato Grosso e disse que havia mentido no depoimento anterior. "Eu estava extremamente tomado pela emoção, de não ter sido atendido num pedido de uma escolha para então ocupar uma vaga no Tribunal de Contas do estado de Mato Grosso, qualificado que eu era pra essa função e que, politicamente, praticamente me nomearam e depois me tiraram essa vaga. Então todo esse contexto fez com que eu ali colocasse algumas palavras que eu depois me retratei sobre todas elas”, disse na entrevista.  O ministro Blairo Maggi é investigado na Lava Jato pelo suposto recebimento de R$ 12 milhões na sua campanha à reeleição ao governo de Mato Grosso em 2006, de acordo com delatores da Odebrecht. Na delação, Silval também citou repasse de R$ 4 milhões ao deputado federal Carlos Bezerra (PMDB-MT), pra que apoiasse uma candidatura à Prefeitura de Cuiabá. Ele também falou de pagamento de propina ao senador Wellington Fagundes (PR-MT). Sem citar valores, Silval afirmou ter autorizado repassar parte dos pagamentos de construtoras de um programa de pavimentação para o senador e que também houve quitação ilegal de dívidas de campanha dele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário