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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

OS LABIRINTOS DE UMA TRAMA DIABÓLICA USADA POR SILVAL BARBOSA E "PARCEIROS" PARA QUITAR DÍVIDA DE R$ 29 MILHÕES QUE ABASTECERAM CAIXA II

O ex-governador Silval da Cunha Barbosa confessou à Polícia Federal que ordenou a Maurício Guimarães, ex-secretário da Copa do Mundo, que buscasse um “retorno” financeiro junto ao Consócio VLT para o pagamento de uma dívida de campanha. Para tanto, uma verdadeira trama com empresários foi arquitetada. A dívida feita para abastecer Caixa II teria sido contraída perante o Banco Rural, em 2012, no valor de R$ 29,5 milhões, por intermédio da empresa Todeschini Contruções e Terraplanagem Ltda, representada por João Carlos Simoni, tendo como avalistas, além do próprio João Carlos Simoni, Wanderley Facheti Torres e sua empresa, a Trimec Construções e Terraplanagem Ltda. A confissão acabou por servir como “prova” de que as licitações para escolha do Consórcio VLT não foram direcionadas. 

O crime seria pior. As negociações espúrias se dariam, conforme o próprio Silval, independentemente de quem vencesse o certame licitatório. Nas negociações com o vencedor, Maurício Guimarães teria combinado com o representante do consórcio “VLT Cuiabá-Várzea Grande” para tratar dos retornos. Ficou combinado o pagamento irregular de 3% sobre o total de R$ 600 milhões. Restou acertado que o pagamento se daria por intermédio de uma das empresas de João Carlos Simoni. Segundo Silval, foi solicitado para que o consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande subcontratar uma empresa de Simoni. Os pagamentos de propina foram efetivamente feitos dessa forma, mas não foi recebido todo o valor ante o término do Governo, a não conclusão das obras e não execução de todos os pagamentos previstos. 

 A propina negociada por Silval Barbosa e Maurício Guimarães com os representantes do Consórcio VLT tinha como objetivo suprir João Carlos Simoni de recursos para pagar a dívida contraída perante o Banco Rural, assim o dinheiro era desviado, mas não retornava para os agentes políticos, sendo direcionado ao pagamento do banco. Uma análise bancária realizada pela Polícia Federal revelou que um dos principais destinatários para os recursos do Consórcio VLT foi a empresa COHABITA Construções Ltda, que recebeu, apenas no período compreendido entre 01 de julho 2012 e 13 de março de 2014, R$ 16 milhões. A empresa COHABITA Construções Ltda tem seu quadro societário composto por Aline Berghetti Simoni e Bruno Simoni, ambos filhos de João Carlos Simoni.

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