NÃO É FÁCIL CONTER ROUBALHEIRAS EM MT
Silval Barbosa diz tomar medidas duras para recuperar verbas desviadas


Silval Barbosa, tentando frear roubalheiras no seu governo e buscando vias para recuperação das fortunas "surrupiadas"


O governador Silval Barbosa (PMDB) falou pela primeira vez sobre o suposto "rombo" na conta única do Governo, durante entrega dos terrenos para os campus da UFMT e IFMT em Várzea Grande neste sábado (10), e garantiu que serão tomadas medidas duras para punir os envolvidos nas fraudes. Também declarou que o Estado vai trabalhar para recuperar os R$ 12,9 milhões que teriam sido desviados, bem como os R$ 2,1 milhões depositados na conta da Global Tech, a título de caução para compra dos 10 veículos Land Rouvers por parte da Secopa.

O peemedebista acabou atrelando os dois casos, bem como o escândalo das possíveis irregularidades na emissão de cartas de crédito. Os três casos estouraram na gestão do peemedebista e acabaram rendendo críticas fervorosas contra a administração. “Toda gestão tem problema, mas ela tem que estar atenta. Seria omissão minha ter conhecimento das irregularidades e não tomar providências, mas tudo que chegou e tudo que chegar eu vou mandar apurar”. Silval lembrou ainda que o desvio começou há cerca de 5 anos. (RDNews)

“Eu já pago um bilhão por ano de contas contraídas há mais de 30 anos”

O Estado de Mato Grosso não está quebrado e a atual gestão não está patinando nas obras Copa. Essas são apenas algumas das principais alegações feitas pelo governador Silval Barbosa (PMDB) na manhã deste sábado (10) em Várzea Grande, num discurso inflamado, onde ele também admitiu que “o governo está passando por algumas confusões de denúncias, mas está trabalhando muito pelo desenvolvimento do Estado”.

Sem se esquivar, Silval fez menção às últimas denúncias que viraram escândalo de corrupção em sua gestão.

“Não vai chegar nenhuma denúncia que vou botar para debaixo do tapete. Teve problema com as cartas de crédito? Paga quem errou. Teve problema de evasão, sangraram a Conta Única? Minha determinação é de que quem errou vai pagar, não vou omitir nada de errado que tem no governo”, garantiu, durante a cerimônia de doação ao Estado de uma área para construção do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

Outro ponto que o chefe do Executivo fez questão de assumir em público pela primeira vez foi o endividamento do Estado em torno das obras para instalação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande.

Para justificar que o modal ficará acima de R$ 1 bilhão, o peemedebista usou endividamentos feitos por governos passados.

“Eu já pago um bilhão por ano de contas contraídas há mais de 30 anos”, atestou, lembrando que no ano passado a atual gestão pagou R$ 988 milhões de dívidas de exercícios anteriores.

“E este ano a previsão é que devo pagar 1,150 bilhão de outras dívidas, então por quê eu não posso fazer um compromisso também de R$ 1 bilhão que não é para o governador e sim para a sociedade, para aqueles que usam o transporte de massa?", indagou, acrescentando que o VLT ficará como legado à população por pelo menos 50 anos. (Hipernotícias)