EDER MORAES GARANTE SER INOCENTE E DESQUALIFICA "BOMBA" DE SILVAL BARBOSA
EDER, SILVAL E JOSÉ RIVA, NOS BONS TEMPOS
O ex-secretário de Estado Eder Moraes, acusado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) de cobrar R$ 12 milhões para mudar depoimento no MPE, acredita que fatores psicológicos fizeram com que o peemedebista jogasse todo mundo na mesma vala. Ressalta que Silval estava preso há quase dois anos no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
“Mesclou verdades com mentira para construir um castelo de areia dos fatos que entendia que poderia afetar as pessoas e jogou todo mundo na fogueira. E cada um que se cuide”, disse o Eder em entrevista à Rádio Capital FM nesta terça (15).
Conforme a delação “monstruosa” - como classificou o ministro do STF Luiz Fux, que a homologou - o ex-governador Blairo Maggi (hoje ministro da Agricultura) e Silval entraram na negociação e rateio. Teriam pedido desconto e valor pago seria R$ 6 milhões.
Deste total, R$ 3 milhões teriam sido repassados por Blairo, por intermédio do empresário Gustavo Capilé. Os outros R$ 3 milhões teriam sido entregues por Silval através do ex-chefe de gabinete Silvio Corrêa, que repassou parte em dinheiro e quitou uma dívida no valor de R$ 800 mil.
Eder classifica esse trecho da delação como “história pra boi dormir”.
O ex-secretário diz que cifras surgem folcloricamente. Lembra ainda da acusação da Ararath em que seria responsável por desviar R$ 500 milhões. “Tenho minha consciência tranquila, nunca tratei nada de espúrio com nenhum ex-governador, nem com Silval, tampouco com Blairo. Não falo com Blairo há cinco anos, por meio algum de comunicação ou por intermédio de terceiros senão estaria quebrando uma cautelar imposta pela Justiça Federal”, sustenta.
Em relação ao depoimento ao MPE, Eder diz que foi induzido pelo promotor Mauro Zaque. Ressalta que para homologar delação precisa de presença de um advogado, delegado, e no caso dele, nenhum delegado participou do interrogatório. “Estou dizendo desde primeiro dia que fui enganado, estava tomado pela emoção, fui pressionado. Não tem validade nenhuma (a delação)”, sustenta.
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