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terça-feira, 15 de agosto de 2017

"GRAMPOS": MANDANTES  PALACIANOS PERMANECEM IMPUNES E DEBOCHANDO DA JUSTIÇA!
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EM DESABAFO, CABO PM NEGA SER "MENTOR" DE ESCUTAS CLANDESTINAS

Acusado de ser um dos mentores e principais agentes do esquema de escutas telefônicas em Mato Grosso no período de campanha Eleitoral de 2014 e no início de 2015, já no governo de Pedro Taques (PSDB), o cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira, preso por grampos ilegais negou na segunda-feira, que tenha participa em esquemas de crimes de “barriga de aluguel”. Em depoimento à juíza Selma Arruda, negou ter feito escutas clandestinas na investigação que originou a Operação Metástase, em 2015, que investiga um suposto esquema de desvio de R$ 1,7 milhão na Assembleia Legislativa, entre 2011 e 2014. Ele foi ouvido na condição de testemunha, na tarde da segunda-feira (14), no Fórum de Cuiabá. Gerson Correa está detido desde o dia 23 de março, no Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), sob a acusação de ter integrado uma organização criminosa que operava interceptações ilegais no Estado.

O militar informou ainda que a suposta ida a Boate Crystal e a desconfiança sobre uma ameaça ao promotor Mauro Zaque não foram comprovadas "Doutora, eu não estou acompanhando a mídia, tem muito tempo. Desde que disseram que eu fui à boate Crystal mesmo estando preso  e não comprovaram. Desde que eu falei, dentro da Rotam, via Whatsapp, ameaçando o promotor e não comprovaram.  Não sou mentor de nada. Só cumpria ordens. Desconheço qualquer tipo de barriga de aluguel nessa operação ou em qualquer outra realizada no Gaeco. Então, queria ver, queria que apurassem. Estou pronto para poder colaborar". Afirmou em tom de desabafo , durante  oitiva da segunda-feira. 

 O cabo Gerson Luiz Ferreira atuava na inteligência da Polícia Militar em Mato Grosso e trabalhava legalmente em interceptações telefônicas no âmbito da "Operação Metástase", que investiga um desvio de R$ 2 milhões da Assembleia Legislativa. O militar, durante a audiência foi instigado a responder por várias vezes qual seria sua participação no esquema de escutas telefônicas. Ele foi incisivo ao negar qualquer tipo de participação no crime de “barriga de aluguel”.

Uma inspeção aos locais onde estão presos os militares investigados por suposta participação no esquema de grampos clandestinos operados em Mato Grosso foi determinada pelo desembargador Orlando Perri, após denúncia dando conta de que um dos militares teria deixado a prisão para ir até a Boate Crystal. Ainda durante as investigações teria se chegado à conclusão que o cabo Gerson teria enviado mensagens a um amigo, enquanto preso no quartel da Rotam, dizendo que iria "arregaçar" o promotor Mauro Zaque. 

As mensagens de Gerson, em tom agressivo, foram enviadas via aplicativo de celular. Foram denunciados no esquema de grampos em Mato Grosso além de Gerson, três coronéis e um tenente-coronel. São eles, respectivamente, Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros e Januário Batista. Os cinco vão responder pelos crimes de ação militar ilícita, falsificação de documento, falsidade ideológica e prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.

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