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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ESCÂNDALO DOS PRECATÓRIOS
Alertado, preocupado, governador Silval Barbosa mandou suspender pagamentos em setembro deste ano
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Governador também orientou Auditoria Geral do Estado a levantar a situação de cartas de crédito




Governador Silval Barbosa trombou de frente com "mafiosos"


A ação desencadeada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, e que culminou na Operação "Cartas Marcadas", nesta quarta-feira (14), é resultado de um trabalho conjunto da Policia Judiciária Civil com a Auditoria Geral do Estado (AGE). O órgão levou em conta uma determinação do governador Silval Barbosa e elaborou um relatório, que serviu de base para as investigações da Polícia Fazendária, segundo informe divulgada no começo da noite de hoje, pela Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom).

Conforme a nota, o governador levou em conta a criação de uma Comissão Técnica do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) para averiguar os atos relativos à compensação de créditos. Silval, então determinou à AGE, em maio deste ano, a realização de uma auditoria especial, com finalidade de verificar o processo de emissão e compensação de certidões de créditos emitidas pelos órgãos do Poder Executivo Estadual.

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Grupo criminoso se instalou no Governo, afirma delegada que liderou operação “Cartas Marcadas”
Organização tinha liderança e pessoas específicas para obter informaççoes privilegiadas a respeito de cálculos, homologação e emissão de certidões de crédito


JORGE ESTEVÃO (Hipernotícias)




Mayke Toscano/Hipernoticias

Delegada Lusia de Fátima Machado afirma que grupo criminoso se instalou dentro do governo para fraudar cartas de crédito



























Um grupo criminoso se instalou dentro do Governo do Estado para burlar o sistema de pelo menos duas secretarias: a de Fazenda e a Administração, responsáveis pelos cálculos, homologação e emissão de cédulas de crédito, nesta ordem. A afirmação é da delegada Lusia de Fátima Machado, titular da Delegacia de Atividades Especiais. Alguns servidores da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) também estão sob investigação, já que a autarquia é responsável pelos pareceres jurídicos dos documentos.

Lusia e o delegado Lindomar Tófoli (Delegacia Fazendária) comandaram a operação “Cartas Marcadas”, que resultou, na manhã desta quarta-feira (14) em 14 mandados de busca e apreensão e na prisão de três de seis pessoas acusadas de envolvimento no esquema de emissão e compensação de cartas de crédito expedidas pelo Governo do Estado em 2009 para pagar R$ 480 milhões de indenização por diferenças salariais a Agentes da Administração Fazendária (AAF’s).

Segundo a delegada, a grupo criminoso era formado por um líder e outras pessoas com atividades específicas para obter informações privilegiadas a respeito de cálculos até a emissão de cédulas de créditos. Estão envolvidas, em princípio, seis pessoas entre advogados, servidores da Sefaz e um economista. No final da tarde, um advogado se apresentou.

A delegada também afirmou que além destes que estão com prisão temporária de cinco dias decretada, ainda há mais pessoas que podem ser procuradas para esclarecimento ou até mesmo serem detidas para averiguação.

O esquema é um fato sólido, segundo a delegada, já que todos os mandados de busca e apreensão e prisões foram autorizados pelo desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

“Não somos irresponsáveis de pedirmos ordem para buscar documentos ou prender pessoas sem provas robustas”, disse a delegada.

Segundo ela, a documentação e computadores apreendidos contêm provas fortes contra as atividades exercidas pelo grupo criminoso.

Perguntada se a Justiça havia autorizado a realização de escutas telefônicas, Lusia de Fátima Machado respondeu de forma enigmática: “O que você acha?”

CRIMES

A partir desta quinta (15), Ocimar Carneiro Campos (casado com a irmã do deputado estadual Gilmar Fabris, preso em Ribeirão Preto, em São Paulo), o economista Antônio Leite Barros e o servidor da Sefaz Enildo Silva Martins serão interrogados pelo delegado Lindomar Tófoli. Outros três que não foram presos, segundo Tófoli, os advogados estão negociando a apresentação deles, o que deve acontecer nesta quinta-feira (15).

De acordo com a delegada, a partir da constatação do envolvimento das pessoas com o esquema, elas devem ser indiciadas em formação de quadrilha, corrupção, peculato e fraude processual.

Na operação foram destacados 14 delegados e 80 agentes da Polícia Civil, além daqueles que formam a equipe da Delegacia Fazendária. De acordo com a delegada Lusia de Fátima, as investigações prosseguem e a previsão e encerramento do inquérito é para o final de fevereiro.

ADVOGADO SE APRESENTA

O advogado Enelson Alessandro Nonato se apresentou à Delegacia Fazendária (Defaz) da Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (14). Antes de Enelson, foi preso o advogado Ocimar Carneiro. Além dos dois estão presos um economista e um servidor público. Faltam cumprir dois mandados de prisão temporária.

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