"Briga de foice" entre Carlos Bezerra e Antonio Pagot agita o Estado!
Há um embate silencioso e fraticida entre o núcleo da turma da botina, capitaneado por Luiz Pagot, diretor-geral do Dnit, e o bloco do PMDB liderado pelo cacique Carlos Bezerra e que retoma o poder em Mato Grosso duas décadas depois, agora com Silval Barbosa, reeleito governador no primeiro turno. No meio dessa briga surge o presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, que vem atuando como espécie de bombeiro para apagar o incêndio. Wellington tem a missão de demonstrar que o clima seria de harmonia, quando, em verdade, é de confronto.
Diferente do seu padrinho político, ex-governador e senador eleito Blairo Maggi, que tem se preocupado mais com o futuro mandato, Pagot lançou ações e estratégias para enfraquecer o governo Silval e, de quebra, "matar" a liderança do deputado Bezerra. Ele não aceita que o cacique peemedebista venha ditar regras no Estado. Tem comentado para correligionários que "Bezerra é um político ultrapassado" e que representa "retrocesso". Bezerra, por sua vez, começou a jogar pesado para tirar Pagot do comando-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, uma das autarquias mais cobiçadas da máquina federal. Busca força política junto ao vice-presidente eleito Michel Temer, de quem é amigo há vários anos, para convencer a presidente eleita Dilma Rousseff a substituir Pagot.
Os conflitos políticos entre Pagot e Bezerra vêm desde a primeira campanha de Maggi ao Palácio Paiaguás, em 2002. Com ambos não há diálogo. De um lado, Pagot chamou para si os irmãos Adilton e Moisés Sachetti para peitar o PMDB de Bezerra e Silval. Exímio articulador político, Bezerra, embora seja uma figura com alto índice de desgaste, reconquistou espaço com sua reeleição e com a vaga na Assembleia garantida pela esposa Teté e com a volta do PMDB ao comando administrativo de Mato Grosso. A última vez foi com o próprio Bezerra, governador de 87 a 90.
Reforçando o argumento do dirigente peemedebista, de que Pagot não é companheiro e que conspira contra o Paiaguás, tanto que apoiou nos bastidores Mauro Mendes (PSB) para governador, Silval também se distanciou do diretor-geral do Dnit. Já avisou que não nomeará ninguém da chamada turma da botina na próxima administração. Enquanto isso, Wellington, com a atribuição de amenizar as divergências entre peemedebistas e republicanos, tira proveito político da situação, tanto que está conseguindo, em nome do PR, emplacar nomes no staff. Um deles é o deputado estadual reeleito Sebastião Rezende, que deve ocupar a pasta de Infraestrutura. (Fonte: RDNews)
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