Deucimar Silva com pescoço na guilhotina!
Câmara aprova CPI para apurar rombo de R$ 1,2 mi na reforma feita por Deucimar

Ver. Deucimar Silva

O presidente da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), anunciou na sessão de quinta-feira que foi arquivada a representação feita pelo ex-vereador Ralf Leite (PRTB) pedindo a instalação de uma Comissão Processante para investigar o ex-presidente da Casa de Leis, vereador Deucimar Silva (PP). Ralf representou contra o ex-presidente após ele ter as contas reprovadas pelo Tribunal de Contas, que constatou um superfaturamento de R$ 1,2 milhão nas obras de reforma do prédio da Câmara efetuadas em 2010.

“Em função de ainda não ter sido publicado o acórdão pelo Tribunal de Contas e, em função do vereador Deucimar ter direito a ampla defesa e de recorrer da decisão do Tribunal de Contas, decidimos pelo arquivamento da denúncia”, justificou Pinheiro.

Após questionamento do vereador Lúdio Cabral (PT), que alegou que o plenário deveria ter que apreciar a denúncia, Pinheiro colocou a decisão da Mesa em votação. Por maioria absoluta, os vereadores acataram o encaminhamento da Mesa Diretora.

CPI

Após arquivar a representação de Ralf Leite, o presidente da Câmara anunciou que a Mesa Diretora estava propondo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a obra de reforma da Câmara de Cuiabá. O requerimento foi assinado por todos os vereadores presentes no plenário.

A CPI será composta pelos vereadores Edivá Alves (PSD) como presidente, Misael Galvão (PR) como relator e Arnaldo Penha (PMDB) na condição de membro. Os suplentes são Adevair Cabral (PDT), Chico 2000 (PR) e Totó César (PTB). Os vereadores que irão compor a Comissão terão 60 dias para investigar as possíveis fraudes existentes nas obras de reforma da Câmara, que custaram R$ 3 milhões aos cofres do poder legislativo da capital.

A CPI pode acabar pedindo a cassação do parlamentar pepista caso fique comprovado o desvio de recursos públicos. O Tribunal de Contas reprovou as contas de Deucimar Silva referentes ao ano de 2010 e ainda determinou a devolução de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos.

Gilson Nasser
ODocumento