Dono de boate some após ter prisão decretada em Poconé(MT) por morte de cantor
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A Polícia Civil concluiu o inquérito e confirmou que o empresário foi quem matou o vocalista da banda capixaba “Os Carreteiros”
Gilmar Rosa era sócio e vocalista da banda capixaba “Os Carreteiros”.
Está foragido da Justiça o empresário Odil da Silva, proprietário da casa noturna, Casa Blanca, na cidade de Poconé (100km de Cuiabá). Segundo o delegado Rodrigo Bastos, que investigou a morte do músico Gilmar Rosa, 37 anos, no dia 4 de outubro do ano passado, foi comprovado que o empresário foi quem atirou contra a banda e matou o músico em praça pública, após uma discussão na boate.
O empresário chegou a ir à delegacia acompanhado de seu advogado, para prestar depoimento no mesmo dia do crime. Ele contou apenas que houve a briga dentro da boate, mas que não havia participado do crime. O dono da Casa foi liberado. Após alguns dias de investigação, ele teve a prisão temporária decretada, mas já havia sumido da cidade. No mês de dezembro o inquérito foi concluído e a Justiça converteu a prisão temporária para preventiva.
Policiais já enviaram fotos e informações de Odil para todo o País, mas até agora, nenhuma pista concreta do acusado. O inquérito foi encaminhado para Ministério Público Estadual (MPE) e para o Tribunal de Justiça (TJMT).
Os dois seguranças do empresário, Devid Salve da Silva, conhecido por “Pico”, e Claudiomar José Filho, que deram apoio na ação continuam presos na Cadeia Pública de Poconé. Devid pilotou a motocicleta que levou Odil até a praça e Claudiomar deu suporte em outra moto. “Claudiomar foi preso na cidade de Poconé e Devid, em Várzea Grande, no mês de novembro. Odil continua sendo procurado”, afirmou o delegado.
O crime
Gilmar Rosa era sócio e vocalista da banda capixaba “Os Carreteiros”, ele foi executado por uma motivação banal. Gilmar foi morto por empurrar uma garota na casa noturna. Outro integrante da banda, Sérgio Martins Belo, 44, foi atingido com um tiro na coluna e ficou paraplégico.
Segundo a Polícia Civil do município, seis integrantes da banda estavam no local, quando começaram uma discussão entre eles. Gilmar queria ir embora e os outros integrantes queriam ficar. A briga entre eles chamou atenção de todos no local e uma mulher, conhecida por ser garota de programa da casa noturna, entrou no meio da discussão pedindo para que parrassem de brigar. Gilmar teria puxado o cabelo dela e empurrado, pedindo para que não intrometesse. A mulher caiu no chão e antes que começasse uma briga generalizada, a banda pagou a conta e foi embora.
O proprietário do estabelecimento não gostou da atitude e assim que o grupo saiu do estabelecimento, foi atrás em uma moto junto com os dos seguranças do local. O grupo foi alvejado quando lanchavam em uma praça no centro da cidade. Gilmar foi morto no local com dois tiros, o guitarrista da banda, Sergio Martins Belo, ficou internado em Várzea Grande durante um mês e depois foi transferido para sua cidade natal, interior de Vitória, onde continua o tratamento em sua casa.
O corpo do vocalista foi levado para Vitória, onde foi velado e sepultado pela família do músico. Gilmar era casado e deixou dois filhos, um menino de oito anos e uma menina de três. Apesar do crime, a banda continua a carreira em homenagem ao músico.
O grupo saiu de uma turnê em Rondônia e estava indo para o estado de Santa Catarina onde tinha na agenda de shows no estado. No meio do caminho resolveram passar dois dias na casa de um amigo do grupo em Poconé. A tragédia ocorreu no dia em que a banda seguiria viagem.
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