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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Política Apimentada!
Ely Santantonio

Não odeio Dorilêo Leal!
Muita gente acha que tenho raiva do Dorilêo Leal, do Grupo Gazeta, por ter mais anos que ele de profissão, por ter tido as mesmas oportunidades no passado, e por ter amealhado dezenas de processos nas costas enquanto que ele hoje é milionário...
Batalhão de advogados na retaguarda
Besteira. Motivos até tenho, mas, sinceramente, considero o Dorilêo Leal, mais que um homem de muita sorte, um empresário antenado com o futuro, de muita visão em relação ao presente, e que deixou para fazer as coisas que faço (sem nenhuma estrutura) depois que atingiu o estágio em que se encontra, dispondo de um batalhão de advogados e funcionários para fazer o "serviço sujo" de forma que pareça legal.
Antes que a beijasse, tomou minha namorada!...
Sou de Diamantino (MT) e ele é de Arenápolis, cidade próxima... Em 1976 trabalhamos juntos no Diário de Mato Grosso. Eu como repórter policial e ele na área esportiva. Na época, batalhei para conseguir uma namorada, bela garota de uma fazenda em seu município... Antes que conseguisse dar o primeiro beijo na moça, ele me surge contando que a agarrou durante quatro dias e carnaval... Foi o meu primeiro grande "porre" na juventude!
Demitido sem indenização com "forcinha" do Antero
No mesmo ano, publiquei uma matéria no Diário. Manchete: Ivo de Almeida foi assassinado!... Foi aquele escândalo!... Tratava-se de um Ivo lá de Goiânia, e o de Cuiabá, radialista famoso, estava se recuperando de alcoolismo numa clínica. Resultado: Fui demitido dia seguinte, sem indenização. Soube depois que Antero Paes de Barros (editor) e Dorilêo Leal sugeriram minha demissão ao proprietário, Archimedes Pereira Lima, o mesmo que dá nome à antiga Estrada do Moinho.
Dorilêo ficou anos sem falar comigo
Mesmo assim não fiquei com raiva do Dorilêo. Tinha culpa no cartório. Numa revistinha que lancei na década de 70, Fatos Mato-grossenses, coloquei irresponsavelmente a charge de um cachorrinho com seu dono, ambos com fraturas numa das "patas" dianteiras. Antero, gozador, logo espalhou que o cachorrinho era o Dorilêo... Ficou anos sem falar comigo!
Carrinho velho ficou na saudade
Voltamos a nos encontrar no mesmo Diário do Povo, já mudado para Jornal do Dia, em 1983, ele agora como diretor comercial e eu ainda como repórter policial. Tentei comprar um carrinho velho na Três Cinco... Até andei no bichinho, todo contente. Tinha a entrada, só faltava o aval da empresa. Advinhe quem votou contra?
A origem do Grupo Gazeta
Depois disto ele cresceu ainda mais. Grudou-se ao Dante e, junto com Antero Paes de Barros (os dois não se desgrudam!) montou o jornal A GAZETA e incorporou no mesmo grupo duas emissôras de rádio que Dante havia adquirido anos antes, quando foi Ministro, do extinto Grupo Vila Real de Comunicação. E de "testa" de Dante passou a dono, numa trama diabólica com o parceiro de sempre, Antero Paes de Barros, hoje sócio do grupo, mas camuflado.
Thelma quase faliu o grupo
Antes de passar as emissôras de rádio para os dois amigos administrar, Dante tinha colocado a própria esposa, Thelma de Oliveira na mesma função. Não deu. Só estava dando prejuizo. Thelma é política, não empresária.
A última do Dorilêo Leal
Por estas e por outras que, sinceramente, teria todos os motivos do mundo para odiar o Dorilêo. Mas, ao invés de ódio, sinto admiração.... A última dele foi impedir que a sua gráfica continuasse rodando meu jornal depois de saber que tinha impresso duas edições do LIBERAL de 50 mil exemplares cada, no início da gestão Dante de Oliveira. 100.000 jornais incinerados por um dos irmãos de Thelma Oliveira, que encheu duas caminhonetas utilizadas para a trágica missão... É a vida!

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