Agecopa suborna
para impor o BRT
Em nenhum instante, a contar da criação da Ageporca, sequer foi considerada a hipótese de se implantar o sistema VLT em Cuiabá: desde o primeiro momento a escolha foi o BRT -- mais caro, porque demanda desapropriações ao longo dos corredores mais valorizados da cidade; mais poluente, porque os veículos articulados são movidos a óleo diesel, além de uma série de outros inconvenientes.
Tanto que, entre os "projetos" da Ageporca nem imagem "photoshopada" tem do VLT -- apenas viadutos e trincheiras virtuais para o BRT, um sistema "tão bão", que até nas cidades onde opera está sendo substituído por coisa melhor, ou seja, pelo VLT, caso de Curitiba, por exemplo.
Se não é bão para quem será desapropriado e só vai ver a cor do dinheiro daqui 20/30 anos; se não é bão para quem vai pagar a conta, o cidadão-eleitor-contribuinte de todo o Estado; se não é bão para o usuário, que vai arcar com uma passagem mais cara em um veículo já superado; se não é bão para o ambiente, só cabe uma explicação para o fato de, mesmo assim, ter sido o sistema escolhido: tem "gentem" levando dinheiro grosso nisto! -- e bota "gentem levando dinheiro grosso nisto" nisto!
Entenda o caso:
Um episódio recente -- que passou ao largo do noticiário, por conta de uma mega-operação-abafa-açu e que somente agora chegou ao conhecimento deste pobre marquês -- é extremamente revelador.
Primeiro, o que é segredo público: a Assembléia Legislativa -- cujo presidente José Riva defende abertamente a opção pelo VLT -- contratou um instituto de pesquisa para ouvir a opinião da população cuiabana acerca do sistema de mobilidade urbana ideal para a Copa de 2014.
O presidente da AL conseguiu ainda do governador do Estado que fosse adiada a decisão a respeito para o final deste mês, até que a pesquisa fosse realizada e tabulada, com o que concordou Silval Barbosa, que vem a ser o presidente -- de direito, pelo menos -- da Ageporca.
Estava tudo muito bão, corria tudo muito bem, etc e tal, porém -- sempre tem um "porém -- eis que estoura a bomba: a Ageporca subornou o instituto contratado -- em Mato Grosso, acontece! -- para maquiar o resultado e apontar a preferência popular pelo BRT.
Foi um tendepá para acalmar o "baixinho" e abafar o caso -- coisa que também acontece em Mato Grosso. O fato deixou o governador extremamente irritado porque, na Assembléia Legislativa, as coisas começar a andar de uma forma um tanto quanto arrevesada, "fora do padrão" -- vamos resumir assim: e tome CPI das PCHs e tome saia-justa na secretária de Educação, entre outros "ingredientes" pra lá de explosivos.
Desde então, Silval Barbosa tem guardado olímpica distância da brava gente bronzeada na Ageporca -- há um mês não dá as caras na agência -- e tem evitado, ao máximo, aparecer ao lado de seus colegas diretores.
Então fica assim:
Não convidem para a mesma festa de Páscoa o presidente da AL e o presidente-suplente da Ageporca, porque tem gente que vai ter de sair correndo rapidinho igual um coelhinho.
(Fonte: Supersitegood)
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