Só dá "larápio" e "trambiques"
Ceará, do MCCE, vai à Justiça e pede imediato afastamento de Valter Albano do comando do Tribunal de Contas. Conselheiro é acusado de favorecer uma querida assessora com cargo vitalício que garante a ela salário de mais de 20 mil.
Cercado de um sepulcral silêncio na maior parte da chamada grande mídia mato-grossense, a batalha dos movimentos sociais contra possíveis irregularidades na gestão do Tribunal de Contas do Estadode Mato Grosso prossegue, com novos desdobramentos nos balcões do Fórum de Cuiabá. Tal como a Assembléia Legislativa, do notório deputado Geraldo Riva, os conselheiros do Tribunal de Contas (orientados por assessores como Américo Corrêa, Dora Lemes e outros que tais, que antigamente já brilharam como repórteres na imprensa de Mato Grosso) parece que também aprenderam a lição e estariam espalhando a grana de sua propaganda institucional pelas principais emissoras de televisão, jornais e sites da capital, procurando fazer com que todos os "top of mind" do nosso jornalismo virem a cara diante dos questionamentos que são feitos quanto a moralidade pública naquela tão questionada repartição pública, pretensamente criada para proteger os cofres públicos - e não para ampliar o costumeiro assaque que se faz contra eles. Pelo que vimos no noticiário da TV Centro América, isto não funcionou com os comandados de Ulisses Serontini, pelo menos neste caso do TCE-MT - só que quem procura a matéria do MTTV de sexta-feira sobre a ação do MCCE, no site do G1 Mato Grosso, para revê-la não encontra.
Mas deixemos o nariz de cera e vamos aos fatos. Nesta sexta-feira, dia 11 de novembro, o auxiliar administrativo Antonio Cavalcante, mais conhecido como Ceará, persistente militante dos movimentos de combate à corrupção em nosso Estado, e um pioneiro desta causa em nosso País, ingressou com ação civil publica contra o ainda presidente do TCE-MT Válter Albano (José Carlos Novelli assume o trono no Palácio de Contas no início do ano, certamente em meio a muita festa e paparico dos jornalistas amigos e da mídia amestrada). Alega o Ceará, através do seu advogado, Vilson Nery, em questionamento que será decidido pelo juiz Luis Bertolucci, da Vara Especializada em Ação Popular e Ação Civil Pública, que Válter Albano, na calada do dia e/ou da noite, teria montado uma esquema para favorecer assessora muito próxima a ele, com a sua nomeação sem concurso específico, entre quatro auditores substitutos de conselheiro. Essas quatro novas e privilegiadas funções haviam sido criadas em 18 de outubro deste ano - e Valter Albano, segundo informa o Ceará, tão logo a criação dos cargos se consumou, correu a nomear esses assessores, e a sua querida assessora, entre eles, desafiando a legislação em vigor, segundo argumenta o coordenador do MCCE MT.
Em nota, a assessoria de comunicação de Valter Albano rebateu que "nenhum dos candidatos aprovados era assessor de confiança de conselheiro do Tribunal de Contas". Na reportagem divulgada pela TVCA, a nomeada Jaqueline Jacobsen Marques negava qualquer possível favorecimento dizendo que, se teve alguma proteção foi de Deus, que lhe orientou para fazer uma boa prova.
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