Abicalil indica ex-assessor, o Faraó. Wellington Fagundes pede continuidade de Milton Fiorenza. Disputa pelo controle do Patrimônio da União visa garantir influência sobre 2 bilhões em desapropriações que acontecerão em Cuiabá
(Página do E)São tantos os setores da administração pública que os políticos pretendem manter sob seu controle que muitas vezes a gente não percebe. Mas agindo como uma terceira mão do deputado Wellington Fagundes, o site Olhar Direto, divulga matéria com o objetivo de "balear" a indicação de Wilmar Schrader, o Faraó, ex-assessor do deputado federal Carlos Abicalil, como novo titular na Gerencia Regional da Secretaria do Patrimônio da União, em Mato Grosso. É evidente que a matéria assinada por Marcos Coutinho e Alline Marques fortalece o lobby pró-Fiorenza, que vem convivendo há muitos anos com os caciques da política de Mato Grosso. De qualquer forma, eis mais um setor a exigir vigilância e fiscalização, já que irá dispor sobre as desapropriações que acontecerão em Cuiabá, no rumo da Copa, envolvendo investimentos que devem superar o montante dos R$ 2 bilhões de reais.
Abicalil tenta nomear ex-assessor acusado de desviar R$ 13 milhões
Da Editoria - Marcos Coutinho / Da Redação - Alline Marques
OLHAR DIRETO
O ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), com muita discrição, está agindo nos bastidores para emplacar o seu ex-assessor parlamentar Wilmar Schrader, como superintendente de Patrimônio da União em Mato Grosso.
Detalhe: a iniciativa do ex-parlamentar petista bate de frente com o pleito governador Silval Barbosa e da bancada federal que defende a permanência do atual superintendente Milton Jorge Fiorenza, que está há quase 30 anos no cargo.
Outro detalhe: Schrader foi um dos investigados na CPI das ONG’s por um desvio de R$ 13 milhões na Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Ele comandava do Instituto Trópicos, na esfera da Funasa. A denúncia foi feita contra ele por jornais nacionais como o Correio Braziliense e Folha de S. Paulo. A indicação dele está nas mãos da ministra de Planejamento, Miriam Belchior.
A SPU tornou-se um dos órgãos mais estratégicos do governo federal em razão de ter sido escolhida para ser a analista dos processos de desapropriações para obras da Copa do Mundo em Cuiabá.
Segundo apurou o Olhar Direto, mais de R$ 2 bilhões estarão envolvidos nos processos para alargamentos de avenidas visando a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e para obras de mobilidade como urbana como viadutos e alças.
Em ofício encaminhado para a ministra, o coordenador da bancada de Mato Grosso, deputado Wellington Fagundes (PR), alega que a substituição de Fiorenza seria prejudicial para o estado, em razão de uma descontinuidade dos trabalhos em andamento.
O parlamentar destaca dentre os processo, a doação de área para construção do hospital universitário Júlio Müller, que servirá para a ampliação da faculdade de Medicina, e regularização fundiária em diversos municípios do interior de ocupantes de imóveis de órgãos extintos e, principalmente, em referência aos assuntos que envolvem a Copa do Mundo em especial no que tange o programa de mobilidade urbana.
Wellington informou a minsitra também de que a continuidade de Fiorenza é defendida por unanimidade pela bancada, que já se reuniu com o governador também defensor da permanência do engenheiro.
Abicalil não possui sequer o apoio de colegas do partido. O deputado estadual Ademir Brunetto (PT) também encaminhou um email ao ministério assegurando apoio a Fiorenza.
Denúncias
Wilmar Schrader ficou conhecido, em 2008, como Faraó durante a investigação realizada pela CPI das ONG's. De acordo com o relatório, o Instituto Trópicos era coordenado pelo ex-assessor e teria recebido R$ 13 milhões, entre 2001 e 2004, para investir em projetos de saúde indígena em Mato Grosso, mas não prestou contas dos recursos. A verba seria oriunda dos MInistérios da Saúde e do Desenvolvimento Agrário.
A Contraladoria Geral da União chegou a abrir uma tomada de conta especial para investigar problemas em convênios firmados com a ONG coordenada até 2002 pelo assessor responsável pelo escritório político de Abicalil em Cuiabá. De acordo com reportagem do Correio Braziliense, publicada em fevereiro de 2008, o Instituto Trópicos não deu satisfação do que fez com parte do dinheiro recebido.
fonte OLHAR DIRETO
Nenhum comentário:
Postar um comentário