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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quem diz que Fethab é tirado do interior não faz conta, diz Riva

Sissy Cambuim (RDNews)

José Riva O presidente da Assembleia, José Riva (PSD), que se destaca por seu perfil municipalista, não se mostra nenhum pouco arrependido com a decisão do Legislativo, que autorizou o Governo a repassar 30% do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) à secretaria extraordinária da Copa (Secopa).

A medida, contudo, é alvo de duras críticas por parte de prefeitos e vereadores. Para o presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Meraldo Figueiredo Sá (PSD), o repasse é um absurdo. Já o presidente da Câmara de Lucas do Rio Verde, Aluízio José Bassani (PR), inclusive entregou um ofício a Riva e ao governador Silval Barbosa (PMDB) demonstrando seu descontentamento e pedindo providências.

“Um dia um prefeito veio reclamar que seu município estava perdendo os recursos e eu o convidei para fazer as contas. Sua cidade tinha recebido, entre casas e asfalto, investimentos da ordem de R$ 4,7 milhões e, em 4 anos, ele tinha arrecadado com o Fethab R$ 610 mil. Então, é muito fácil falar sem fazer as contas. Muitas vezes as pessoas se enganam, pois não é fácil arrecadar R$ 50 mil por mês em uma cidade pequena e de economia frágil”, exemplificou o deputado.

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"É muito fácil falar
sem fazer as contas"

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Ele ainda destaca que os municípios do interior foram os grandes beneficiados com o Fethab ao longo de 8 anos. “Sou do interior e não tenho medo de enfrentar o debate público”, ressalta ao defender o repasse dos recursos para a realização de obras do Mundial da Fifa na Região Metropolitana. “A Copa do Mundo não vai gerar dividendos só para Cuiabá e Várzea Grande e sim para todo Mato Grosso”, concluiu.

Para Riva, é preciso ter consciência de que o Estado é uno e a receita é uma só. “Não podemos desprezar a força de Cuiabá e Várzea Grande e ficarmos com esse discurso demagogo de que o recurso do Fethab está sendo retirado do interior, não está tirando e sim dando à Região Metropolitana o que lhe é de direito. Quem fala que está perdendo é porque não faz as contas”, disse.

De acordo com o deputado, ao contrário do que se pensa, o grande arrecadador do Fethab é o combustível. “Além dos produtores, os grandes consumidores de combustíveis estão em Cuiabá e Várzea Grande. Se calcularmos, 20% do fundo é gerado nestas cidades, então, nada mais justo do que esse investimento que está sendo feito para a Copa”, explicou.

Ele reconhece que o repasse faz falta para os municípios, que terão que aprender a conviver sem a verba até o Mundial, mas defende que o Governo busque formas de compensar esse “déficit”. Para ele, com a capacidade de endividamento do Estado, seria possível, por exemplo, na mesma proporção em que está sendo financiada a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), contratar um financiamento de R$ 400 milhões para a pavimentação asfáltica no interior.

Riva ainda esclarece que o Estado já tem compensado esses municípios de alguma forma, lembrando que os projetos que estão sendo avaliados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) beneficiam o interior. “Só em pontes serão investidos cerca de R$ 400 milhões e eu não estou vendo Cuiabá reclamar que não está sendo beneficiada”, contrapôs o parlamentar.

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